quinta-feira, setembro 27, 2007

Proibira-se dos voos directos. Assustava-se com o Second Life e tinha-se apaixonado pelo Google Earth. Fazia todas as viagens por etapas, com escalas, paragens, descansos. Decidira há muito que os destinos só por si eram insuficientes, irreais. Que na palavra ida havia quilómetros de ar, terra, árvores e pessoas, que cada uma podia ser um lugar e uma chegada, que todo o futuro estar é definido por um ir. Desprezava as pessoas que formavam um mapa mental do mundo através de pontos isolados e perdia-se nos relevos mais ou menos detalhados do Google Earth, acrescentando sempre que podia fotografias de locais por onde tinha passado. Ficava angustiado quando entrava numa auto-estrada e olhava para a paisagem a passar, rápida, terrível. Percorria-lhe a dúvida de tudo ser um cenário virtual e só sobrevivia à experiência com a ilusão de que um dia todo aquele terreno iria ser palmilhado pelos seus pés...
Cheguei à horrível conclusão que se me pusesse a ver todas as séries que estão actualmente available na televisão não fazia mais nada. Vou enriquecer, comprar os dvds e vê-los todos na reforma!

sábado, setembro 22, 2007

Something always change

A tectónica de placas é uma teoria recente, não tem mais de meio século e é para a Geologia o que a teoria de evolução de Darwin é para a Biologia. É tão abrangente que explica sismos, vulcões, o ciclo das rochas, a formação de ilhas, de montanhas, de mares, de oceanos, de tudo. É uma teoria complexa, com algumas pontas soltas, em desenvolvimento e fascinante.
Em linhas muito gerais, defende que a crosta terrestre é formada por placas continentais e oceânicas que se movem devido ao calor interno da Terra e à produção e destruição de crosta nas extremidades das placas.* Com esta teoria percebeu-se que os continentes já estiveram pegados num super continente chamado Pangéia e adivinha-se que voltarão a estar juntos daqui a 250 milhões de anos, como a fotografia acima mostra.

Mirem com atenção e podem ver Portugal no Pólo Norte. Tenho sérias dúvidas de que algo parecido com a humanidade ainda exista, mas ainda assim, se miraculosamente conseguirmos entrar numa autogestão ascendente de espécie, está garantido que a Terra vai oferecer-nos momentos hilariantes de natureza geológica. Teremos um futuro cheio de mudanças geopolíticas...

Este é mais um post patrocinado por Astronomy Picture of the Day!

* A minha explicação da tectónica de placas é assumidamente pobre. Quem quiser saber mais, dê um salto aqui.

sexta-feira, setembro 21, 2007

Estou a entrar numa fase interpoliana da minha vida, contudo, recuso-me a vestir de preto!

quinta-feira, setembro 20, 2007

Somos todos os mesmos. Olhamos para nos olharmos.

A prova acabada que não existe deus

Morremos e as nossas unhas continuam a crescer. Idiotas! Que pensam elas? Que vão enterrar-se até à superfície? Que fogem da vergonha?

Prefiro ser queimado.

quarta-feira, setembro 19, 2007

À beira de um home-depressing moment, vou ver as estrelas para Lisboa. :P
Olhei para o lado. Ao longe a rua descia, o taxi não me deixou focar muito tempo o ponto mas foi o suficiente. Mentalmente fixei-me na curva que já não se via, na vegetação densa que já não existia, no fim de tarde quente em que o meu irmão me ensinou a andar de bicicleta naquela rua. Era um entardecer de Primavera, daqueles em que o sol estava prometido para o dia seguinte.

Em Setembro, tenho saudades de Maio.

domingo, setembro 16, 2007

Sim, é verdade, estavam dois caracóis a dar uma queca no Incógnito

A rentrée.

Não foi o começo das aulas ou do trabalho, nem as folhas caídas das árvores. A minha rentrée foi definida pela ida a locais conhecidos, nocturnos, com música e gente bonita, com amigos e conversa boa. As noites de sexta e sábado foram isso mesmo. Palmilhar ruas tantas vezes palmilhadas, atravessar portas antigas, respirar ambientes familiares, falar desbragadamente sem medo das paredes que por esta altura já ouviram todos os nossos segredos.
Por tudo isto, sexta e sábado acabaram no Incógnito. Onde mais? Descer a rua, à esquerda, uma porta preta, uma troca de "boas noites" e um sorriso. Do lado de lá, um espaço vermelho e negro com a música certa para os ouvidos. Sexta o local estava mais cheio e com pior música, mas sábado, foi a melhor visita dos últimos tempos. Dançar até morrer - a melhor rentrée...:)
Mano, quando é a próxima? ;)