sexta-feira, novembro 30, 2007

Stardust in Perseus

A fotografia de ontem do Astronomy Picture of the Day. Um instante de uma realidade passada, para embelezar os sonhos de hoje e os amanhãs.

Deposito uma esperança ingénua, saudável e inconsequente em tanto pó. Pode ser que num futuro incalculável exista sob a forma de seres conscientes, onde seja "tudo para o melhor no melhor dos mundos possíveis."

Bons sonhos!

quarta-feira, novembro 28, 2007

Ainda sobre "O sonho mais doce"

Na introdução do livro, Doris Lessing diz o seguinte: "Espero ter conseguido recriar, sobretudo, o espírito dos anos sessenta, esse período contraditório que, em retrospectiva e comparando-o com o que veio depois, parece de uma inocência surpreendente. Teve pouca da torpeza dos anos setenta ou da avidez fria dos oitenta."

Fica aqui o tease.

terça-feira, novembro 27, 2007

O sonho mais doce

Descobri o prazer de um livro sem capítulos. Mais importante do que isso, descobri Doris Lessing... Agora é só ler, desmesuradamente.

segunda-feira, novembro 26, 2007

Gossip Girl

Para quem como eu consome séries de tv como outros e outras consomem cigarros (sem o perigo do cancro do pulmão, contudo), hoje, às 21h30, estreia no AXN Gossip Girl. Olhem para fotografia, que glamorosos que estão, hem?

Deixo aqui um excerto do que diz o wikipedia sobre esta série:
"Gossip Girl revolves around the lives of socialite young adults growing up on New York's Upper East Side who attend elite academic institutions while dealing with sex, drugs, and other teenage issues."

Suficientemente interessante?

domingo, novembro 25, 2007

Lisboa está a ficar gira!

Tivesse eu uma máquina fotográfica na mão e zás! tinhamos o primeiro post de um novo tag que eu chamaria: "Lisboa está a ficar gira". A fotografia era de um frigorífico na montra de uma loja de roupa. Quem está atento e anda pelas ruas da cidade sabe do que me estou a referir. Mas como não tenho máquina fotográfica não há nada para ninguém... A não ser que o caro leitor envie-me fotografias de pormenores giros e modernos de Lisboa com a descrição da fotografia. Fica aqui a proposta, o mail está disponível no blog...
Preciso de ouvir gente nova.

quarta-feira, novembro 21, 2007

"Wake up this morning"

E na madrugada em que completo 25 anos lembro-me da vontade e da urgência com que fiz os 22... Sinto uma nostalgia que o 11:11 do Rufus (in loop) não me deixa esquecer, embrenhada nas simetrias internas com que a vida nos respira. A ponta de solidão a mais contrapõe com o que se viveu. É aproveitar o momento. Daqui a pouco deito-me, adormeço e acordo com o mundo a girar.

terça-feira, novembro 20, 2007

Ainda sobre a SIDA...




... é esta a abordagem com que me identifico.

segunda-feira, novembro 19, 2007

Nota sarcástica acerca da realidade portuguesa

Ao ler a notícia que veio no Público de hoje, acerca do tribunal que deu razão ao Hotel que despediu um cozinheiro por este ser seropositivo, não consigo parar de pensar o quão errado é especializar-se dentro de uma certa área. Isto porque, com certeza, o senhor só sabia fazer saladas, já que o motivo dado pelo tribunal para o seu despedimento foi que: "ficou provado que A. é portador de HIV e que este vírus existe no sangue, saliva, suor e lágrimas, podendo ser transmitido no caso de haver derrame de alguns destes fluidos sobre alimentos servidos ou consumidos por quem tenha na boca uma ferida", mas não qualquer tipo de comida, como o médico de trabalho que serve o Hotel diz: "no caso de um pequeno derrame de sangue que passe despercebido e que caia sobre alimentos em cru consumidos por quem tenha na boca uma ferida". Nos alimentos crus, eu leio saladas e não sushi, obviamente.
Portanto, o senhor era certamente especialista em saladas. Pois que de outra maneira, o Hotel teria recolocado o senhor a fazer outro tipo de cozinhados, sem qualquer problema por parte da gerência, dos colegas de trabalho ou mesmo dos clientes. Já que estamos num país onde o preconceito não abunda e as pessoas, em geral, não são ignorantes e sabem que por exemplo o risco de se contrair o HIV através de lágrimas, saliva ou suor é nulo ou que as temperaturas do cozinhado são suficientes para matar o vírus...

Enfim, em toda esta estória triste, acabo por pensar, que cada vez que comer uma salada num restaurante qualquer vou procurar interiormente por um saborzinho a ferro. Só para me certificar se estou ou não estou a alimentar-me do sangue de um cozinheiro distraído, visto que isto deve estar sempre a acontecer...

quinta-feira, novembro 15, 2007

"Tens um ar muito cinematográfico."

Falta-vos glamour na vida? It's simple: cortem o cabelo, um corte giro. Fiquem uns 20 minutos à porta dos armazéns do chiado. É fácil. Alguém vai acabar por vos tirar uma fotografia...

Fa-shion!

quarta-feira, novembro 14, 2007

Tatuagem

Desperdicei pele. Queimei-me. Na torradeira. Ardeu-me e doeu. Aquela dor e ardor que o nosso corpo devolve-nos aquando das queimaduras. E lá estou eu a distanciar-me do meu corpo...
Queimei-me, repito. Ficou vermelho, inchou, borbolhou, finalmente curou. Tudo isso espaçado. Com o ritmo que só o corpo tem, na sua cadência necessária e certeira para curar as coisas. Mas a marca ficou. Vermelha. Olho para a pele e lembro-me do descuido, da torradeira, da dor. Tenho uma memória cristalina do momento. E penso sempre, que forma tão estúpida de marcar a minha pele!

"Grip like a vice"

O "Doing it right", o segundo single a ser extraído do novo álbum dos The Go! Team é uma grande música. Mas a verdade é que nem consigo chegar a essa. Fico logo retido em repeat no "Grip like a vice", que é um vício! Dançável até à quinta casa. Só me pergunto se terei oportunidade de a ouvir aqui.

Podem ouvir as duas música no myspace da banda. Depois digam qualquer coisa...

domingo, novembro 04, 2007

E de repente, uma vontade incontrolável de ler, ler, ler...

Wise me up, people

Back then, quando o tempo passava mais lentamente, o cabelo estava menos branco e havia muito futuro por acontecer, as vossas certezas e discurso seriam certamente diferentes. Eu, em poucas semanas, atingirei essa data emblemática do quarto de século, o vosso "back then".
Por isso proponho um quizz para animar o blog e para quem tiver paciência. Façam uma introspecção rápida, ou uma regressão lenta, aquilo que vocês quiserem. Tentem lembrar-se de como eram com 25 anos e escrevam:

- Uma certeza que tinham na altura e que hoje em dia discordam completamente.
- Uma certeza que continua convosco.
Certeza- Opinião forte e vincada sobre a vida, o universo e tudo mais; opinião de carácter permanente; definidor de personalidade

Muito obrigado pela contribuição. De certeza que vão iluminar os 365 dias que se me avizinham...;)

De MIA a Yo La Tengo, entre a destruição e o devaneio

"I fly like paper, get high like planes
If you catch me at the border I got visas in my name
If you come around here, I make 'em all day
I get one down in a second if you wait"

Kala torna-se perfeito em "Paper Planes", quando a voz de M.I.A. numa provocação infantil diz: "Some some some I some I murder Some I some I let go", valorizando igualmente ambas as acções, duas faces de uma moeda amoral. Como acredito na culpa pela passividade, canto com ela esta frase todas as vezes que olho para o noticiário e não distingo os mortos dos sobreviventes.
No filme "A Invasão", a Humanidade fica a um passo de ser tomada por um ectoplasma alienígena, capaz de transformar todos as pessoas numa única entidade conjunta, que é calma, racional e não violenta. Felizmente fabrica-se uma vacina que dá cabo do ectoplasma e o mundo volta a ser igual a si mesmo: violento, miserável, injusto, horrível. Fica a dúvida moral no fim do filme: será preferível o mundo descrito em Kala ou uma paz extraterrestre?
No entanto, para meu espanto, esta a dúvida foge-me da cabeça assim que inicío mais uma viagem solitária de transportes públicos ao som do MP3. Minto, cheguei recentemente à conclusão que é o MP3 que me transporta. Todos os dias de manhã sento-me em cima dele, cruzo as pernas, e apesar dos seus 3,3cm de largura por 6,5cm de comprimento e 1,2cm de altura, o Creative eleva-se meio metro acima do chão e leva-me onde quero. Com o bónus de dar-me música e de afugentar todas as minhas preocupações! Hoje são os Yo La Tengo que me fazem companhia com o seu "Mr. Tough", ao contrário do Senhor Rijo, a mim não me custa nada acreditar que tudo vai correr bem...

"Hey Mr. Tough
Don't you think we've suffered enough?
Why don't you meet me on the dancefloor
When it's time-to-time time?
And if you need to tell me something once
You won't have to say it twice
And if you ask for a nickel
I'm gonna hand you a dime (...)
Pretend everything can be alright"

sexta-feira, novembro 02, 2007