Como se uma linha por cada mês bastasse para contar o ano... Rapaz tolo. Sentaste-te num bar alheio a ti. Pediste uma bebida, bebeste em estilo de pausa e prosseguiste. Como se bastasse parar.
Rapaz tolo...
Levem-me, por favor.
sexta-feira, novembro 21, 2008
domingo, novembro 16, 2008
"23" - Blonde Redhead
Posso ser eu.
"How many times the world go around?"
Mas acredito que a essência do "Twenty three" dos Blonde Redhead esteja toda no verso acima. Os cinco minutos e 18 segundos da canção assentam nesta questão.
Já ouvi tantas vezes o "Twenty three"... Nos últimos tempos faz-me especial companhia no quarto, a partir do leitor de cds, numa repetição obsessiva, in loop, num concentrado de loops. Já li a letra toda e continua a ser este o único verso que pronuncio, que me sai da boca e me ocupa os neurónios (que me tem sustentado em momentos de angústia, quando ao definir per se a música me ajuda a definir de forma visceral aquilo que sinto).
Há os acordes iniciais. Há o refrão. Mas é "o mundo gira" no timbre da Kazu Makino que despoleta o essencial da mensagem, o carácter circular da vida, a força telúrica subjacente. Quantas vezes é que o universo ainda vai explodir? Quantas vezes é que a velocidade febril do amor te feriu?
"How many times, as long as you wish..."
Quantas vezes é que te queres assim, como és, a acontecer dessa forma?
"How many times, the world go around?"
As vezes que se quiser, como o ponteiro do relógio, como o começar de uma semana. As vezes que quisermos, as repetições que forem necessárias, os actos de sempre. A procura do mesmo sofrimento na mesma forma de amar, na mesma ideia da vida, na mesma forma em como acordamos. A mesma dor, na lástima, no medo, na vontade contínua de querer evitar-se o sofrimento.
"23 seconds, in you I see a chance"
Há mais coisas. Há corações marcados dentro da voz da cantora, dentro da bateria, dentro da guitarra. Há a perda contínua e crescente que se cristaliza, perfeita, na morte.
Há a mudança.
"23 magic, if you change the name of love"
O sentimento condutor e letárgico em que se transforma a repetição dos dias. Poder-se alcançar a mudança. Mudarmos o nosso nome sem nos desapaixonarmos do mundo ou de nós.
Mudar para amar.
"As long as you live, how many times"
Posso ser eu...
"The world go around?"
* O "Twenty three" dos Blonde Redhead pode ser ouvido aqui.
"How many times the world go around?"
Mas acredito que a essência do "Twenty three" dos Blonde Redhead esteja toda no verso acima. Os cinco minutos e 18 segundos da canção assentam nesta questão.
Já ouvi tantas vezes o "Twenty three"... Nos últimos tempos faz-me especial companhia no quarto, a partir do leitor de cds, numa repetição obsessiva, in loop, num concentrado de loops. Já li a letra toda e continua a ser este o único verso que pronuncio, que me sai da boca e me ocupa os neurónios (que me tem sustentado em momentos de angústia, quando ao definir per se a música me ajuda a definir de forma visceral aquilo que sinto).
Há os acordes iniciais. Há o refrão. Mas é "o mundo gira" no timbre da Kazu Makino que despoleta o essencial da mensagem, o carácter circular da vida, a força telúrica subjacente. Quantas vezes é que o universo ainda vai explodir? Quantas vezes é que a velocidade febril do amor te feriu?
"How many times, as long as you wish..."
Quantas vezes é que te queres assim, como és, a acontecer dessa forma?
"How many times, the world go around?"
As vezes que se quiser, como o ponteiro do relógio, como o começar de uma semana. As vezes que quisermos, as repetições que forem necessárias, os actos de sempre. A procura do mesmo sofrimento na mesma forma de amar, na mesma ideia da vida, na mesma forma em como acordamos. A mesma dor, na lástima, no medo, na vontade contínua de querer evitar-se o sofrimento.
"23 seconds, in you I see a chance"
Há mais coisas. Há corações marcados dentro da voz da cantora, dentro da bateria, dentro da guitarra. Há a perda contínua e crescente que se cristaliza, perfeita, na morte.
Há a mudança.
"23 magic, if you change the name of love"
O sentimento condutor e letárgico em que se transforma a repetição dos dias. Poder-se alcançar a mudança. Mudarmos o nosso nome sem nos desapaixonarmos do mundo ou de nós.
Mudar para amar.
"As long as you live, how many times"
Posso ser eu...
"The world go around?"
* O "Twenty three" dos Blonde Redhead pode ser ouvido aqui.
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quarta-feira, novembro 12, 2008
Acordei à procura da meia estação em mim. Saí para a rua com os preconceitos das folhas castanhas e dos corações amargos. Mergulhei no alcatrão das ruas, quis ser um extraterrestre com pele cor de petróleo e perscrutar os olhos das pessoas. Quis dar-me a oportunidade de me descobrir através dos gritos e do ódio delas. Ser espancado, ser violentado e achar-me deitado numa poça, mergulhado num charco de água gelada com sangue. Dar à humanidade a derradeira hipótese de me atravessar com o seu sofrimento, antes de voltar para casa e transformar-me na próxima estação.
terça-feira, novembro 11, 2008
A esquizofrenia da globalização
Perfumes conhecidos em corpos de nacionalidades diferentes.
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World Go 'Round
Quando se vive um momento icónico, daqueles que definem a contemporaneidade
Alone. Sete da manhã num foreign hotel. Estou sentado com um pequeno-almoço escolhido by me. À minha frente tenho um quadro pintado a partir de uma fotografia da Marilyn Monroe. She sends me a kiss, está num fato de banho branco, que lhe dá aquela expressão voluptuosa mas natural. Música ambiente, tons grená all around me. Muito chill out, muito calmo... There's a flight to take, Lisboa está à distância de umas horas...
sábado, novembro 08, 2008
quarta-feira, novembro 05, 2008
A vitória de Obama...
... significa, antes de tudo, que ainda há espaço para sonhar neste mundo.
What a great day to live!
What a great day to live!
segunda-feira, novembro 03, 2008
Before night falls - Antes que anoiteça
Se alguma vez viajar para Cuba e desaparecer, culpem este filme.
Fui objectivar a liberdade onde é mais palpável, quando a proíbem.
Fui em sonhos saber o que é escrever por vingança, gritar por direito, amar por definição.
Fui objectivar a liberdade onde é mais palpável, quando a proíbem.
Fui em sonhos saber o que é escrever por vingança, gritar por direito, amar por definição.
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