quinta-feira, maio 22, 2008
Escalas
Há uns dias estive quase para pôr um red square no blog. Mas com a idade aprendi que as boas decisões vêm com o tempo, com um cérebro oxigenado (e não o cabelo, ok!?) e sem precipitações. Por isso o 5 years tem andado parado, mas está a voltar devagarinho, aos soluços. Daqui a bastante tempo, tudo isto vai parecer apenas um repouso e não uma ausência. É uma questão de escalas...
Etiquetas:
Cá em casa,
Espaço Mental,
Horrores
sábado, maio 10, 2008
sexta-feira, maio 09, 2008
Night tale
Finjo estar impávido enquanto tento perceber porque é que o meu corpo treme. Assusto-me por sentir o que já não sentia há algum tempo. É ameaçador, deixa-me vulnerável, surpreso. Quando me levanto recuso o teu olhar. O pequeno sinal que dou é a minha mão que fica presa ao assento onde estás, enquanto o meu corpo balança para a frente. Saio do autocarro para uma chuva miudinha. Olho para ti através do vidro num gesto cobarde, mas desta vez és tu que negas com justiça a minha tentativa.
À medida que avanço no caminho para casa o tremor abandona-me na mesma proporção que a chuva aumenta. Olho para cima para enfrentar os pingos que batem com mais força. Sustenho a respiração e agarro-me à coragem que não tive e que continua a escapar-me.
Lanço-me inevitável numa corrida desesperada em direcção a casa, desculpo-me com a minha garganta arranhada, não posso ficar doente. Fujo de uma molha, de um autocarro, dos meus sentimentos e questões. Nego-me duplamente e sinto uma angústia bater ao de leve, a afagar-me a face enquanto entro no prédio.
A angústia já se transformou em dor quando abro a porta de casa. Ponho a mala na sala escura e venho para aqui. Ligo o computador, entro no blog e desfaço-me destas memórias enquanto acabo de escrever este post - o terceiro momento de cobardia da noite.
À medida que avanço no caminho para casa o tremor abandona-me na mesma proporção que a chuva aumenta. Olho para cima para enfrentar os pingos que batem com mais força. Sustenho a respiração e agarro-me à coragem que não tive e que continua a escapar-me.
Lanço-me inevitável numa corrida desesperada em direcção a casa, desculpo-me com a minha garganta arranhada, não posso ficar doente. Fujo de uma molha, de um autocarro, dos meus sentimentos e questões. Nego-me duplamente e sinto uma angústia bater ao de leve, a afagar-me a face enquanto entro no prédio.
A angústia já se transformou em dor quando abro a porta de casa. Ponho a mala na sala escura e venho para aqui. Ligo o computador, entro no blog e desfaço-me destas memórias enquanto acabo de escrever este post - o terceiro momento de cobardia da noite.
Etiquetas:
Cá em casa,
Comportamentos,
Horrores,
Noite