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domingo, junho 15, 2008

Bege...

...também conhecido como beige,

in priberam:

cor intermédia entre o café com leite claro e o creme.

FIGHT AGAINST BEGE!!!

sexta-feira, maio 09, 2008

Night tale

Finjo estar impávido enquanto tento perceber porque é que o meu corpo treme. Assusto-me por sentir o que já não sentia há algum tempo. É ameaçador, deixa-me vulnerável, surpreso. Quando me levanto recuso o teu olhar. O pequeno sinal que dou é a minha mão que fica presa ao assento onde estás, enquanto o meu corpo balança para a frente. Saio do autocarro para uma chuva miudinha. Olho para ti através do vidro num gesto cobarde, mas desta vez és tu que negas com justiça a minha tentativa.
À medida que avanço no caminho para casa o tremor abandona-me na mesma proporção que a chuva aumenta. Olho para cima para enfrentar os pingos que batem com mais força. Sustenho a respiração e agarro-me à coragem que não tive e que continua a escapar-me.
Lanço-me inevitável numa corrida desesperada em direcção a casa, desculpo-me com a minha garganta arranhada, não posso ficar doente. Fujo de uma molha, de um autocarro, dos meus sentimentos e questões. Nego-me duplamente e sinto uma angústia bater ao de leve, a afagar-me a face enquanto entro no prédio.
A angústia já se transformou em dor quando abro a porta de casa. Ponho a mala na sala escura e venho para aqui. Ligo o computador, entro no blog e desfaço-me destas memórias enquanto acabo de escrever este post - o terceiro momento de cobardia da noite.

sábado, março 15, 2008

A 5 de Fevereiro de 2007 escrevi este post: "No carrossel dos amigos estou sempre pronto a entrar.". Hoje não consigo deixar de sentir leviandade nesta frase e olho-a com descrédito. O amusement que está subjacente a ela é-me agora indiferente... Não sou menos sensível ao carrossel que possa ser a vida dos meus amigos. Sou mais clínico, menos inocente e adivinho melhor o sofrimento que está para vir. Em contrapartida tenho muito mais energia para ajudar a combater esse sofrimento.

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

"The rainbow of her reasons"

Lembro-me de ver um documentário dos Sete Palmos de Terra, onde o Alan Ball falava como é que ele e os outros escritores da série iam desenvolvendo as personagens. Que o que acontecia a cada personagem não tinha um impacto directo nas suas acções, o encadeamento mental e interior de cada um é intrincado e depende de vários factores (mimetizando as pessoas na vida real) e muitas vezes as verdadeiras consequências de algo que acontece são subtis e revelam-se muito mais a jusante do que seria esperado.

Dois exemplos:

- Durante a segunda temporada a Brenda tem dois comportamentos paralelos que são a antítese um do outro. Por um lado vai alimentando e fazendo o papel de namorada do Nate, faz a festa de noivado, encaixa da melhor forma possível a notícia de que o Nate vai ter um filho de outra. Todo o comportamento normal, socialmente aceite e correcto de uma pessoa madura. Ao mesmo tempo, vai tendo relações casuais com outros homens a título de experiência quase científica, mas que põem em causa o relacionamento com o Nate e são um reflexo inconsciente da sua incapacidade e medo de assumir uma relação para a vida. No final da temporada a situação explode, numa discussão brutal entre os dois.

- Outro exemplo é o caso do David em que num episódio da quarta temporada é raptado e passa por uma experiência traumática que o deixa literalmente às portas da morte. Essa experiência tem um impacto directo durante o resto da temporada, mas vai sendo tratada e posta de lado. No entanto, depois da morte do irmão, já no final da quinta temporada, o problema reacende-se e o David volta a ter pesadelos com o seu agressor até se aperceber que o que está em jogo é a incapacidade de aceitar a sua morte, que ficou mais próxima depois do que aconteceu ao irmão.

Durante as cinco temporadas dos Sete Palmos, podemos verificar este comportamento em harmónica de todas as personagens. Em que os acontecimentos parecem ser encaixados por cada um, mas que mais tarde revelam-se nos momentos menos óbvios em acções que vão custar caro e que para serem realmente superadas exigem tempo e um esforço épico.

É precisamente este mecanismo que torna as personagens complexas e faz com que a série seja tão boa. Porque a forma como os defeitos e a personalidade de cada um são trabalhados está muito perto da realidade. As nossas acções e comportamentos, os nossos vícios, todos os pequenos detalhes que nos constroem são fruto de centenas de acontecimentos que muitas vezes não nos apercebemos nem questionamos e que se reflectem em ciclos comportamentais, em falhas, em momentos e acções que não conseguimos explicar. O título deste post remete para esta ideia. “The rainbow of her reasons” dá o nome a um dos episódios mais bonitos da última temporada e é uma imagem mental clarificadora do que escrevi acima. A razão da razão é vasta e cobre-nos. É por isso que se leva uma vida inteira a tentar compreender os outros e a nós próprios.

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Noites e Tribos

Os edifícios e as ruas permanecem no mesmo sítio. As distâncias não se alteram. Mas com o passar das noites a cada novo olhar de reconhecimento, tudo encolhe. Conhecemos desconhecidos por terceiros, ligados a quartos que são mencionados por quintos que nos conhecem. Apertamo-nos numa rede de ligações e cadeias que aumentam por toque de palavras, de conversas, de locais, de murmúrios. Fazemos parte de uma cidade e talvez seja ela que nos une, como plataforma física para os nossos elos.


Nas noites em que me sinto mais contemplativo, nas quebras das músicas, sucede ter que fazer um esforço para me situar. Tento desviar-me dos olhos que me rodeiam e perceber o sentido das minhas acções, a razão porque estou ali e não no sossego da minha casa. É fácil perdermo-nos nas acções dos outros, é fácil encetarmos modos de estar que são a continuação dos outros. Corremos o risco de sermos o eco das pessoas que estão à nossa volta, cujo eco nem sequer é original... E há algum mal nisto? Nenhum, até as noites parecerem todas iguais.


Mas existe um conforto neste reconhecimento de caras em constante crescimento. Um conforto social de sermos admitidos, de pertencermos e estarmos assegurados a uma certa tribo. Não sei qual é o meu papel nessa tribo. Tento criar um papel à minha medida e ainda não sei o que me interessa, onde me situo e como é que me devo comportar... Work in progress, I guess.

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

Preenchia-se de gestos e tensões. Falava, e o que dizia terminava no modo como punha a mão, ou na expressão que escolhia para os olhos e testa. Acusavam-no de teatro, de estar sempre em cena. Talvez exagerasse no sentimento, talvez vivesse nos extremos da emoção, talvez tudo estivesse sempre demasiado artilhado, mas nunca era falso. Fizera-se assim, ao longo dos anos, as mãos, a cara, o corpo foram-se transformando numa marioneta de si mesmo e serviam como uma continuidade de tudo o que ia sentindo. Forçava-se, pensava no gesto, aperfeiçoava o movimento. Queria-se suave, oferecia-se numa dança subtil e expressiva. Com um único olhar, a audiência compreendia-o à primeira.

domingo, dezembro 16, 2007

As noites a quatro dimensões

A noite de sábado foi fria e quente e lúcida e louca. Cheia de olhares e corpos e vultos e sons. Presenteou-me com coincidências, como só as grandes noites de Lisboa esforçam-se por o fazer. Encheu-me a mente de fascínios por pessoas que podem muito mais do que eu. Mas foi suficientemente generosa para me mostrar que a liberdade pode se tornar num vício (juro que não quero citar o M. S. Tavares), numa escravidão.

Trouxe uma estrela, ofereceram-me uma noz e gravito com novas memórias que me tornam mais vivo. Como no filme Shortbus, a dignidade não pertence a esta equação.

Agradeço ao meu mano DJ e ao D.(J) amigo, por me terem raptado para esta noite. Levem-me na vossa bagageira para outras destas...;)

domingo, novembro 25, 2007

Preciso de ouvir gente nova.

segunda-feira, novembro 19, 2007

Nota sarcástica acerca da realidade portuguesa

Ao ler a notícia que veio no Público de hoje, acerca do tribunal que deu razão ao Hotel que despediu um cozinheiro por este ser seropositivo, não consigo parar de pensar o quão errado é especializar-se dentro de uma certa área. Isto porque, com certeza, o senhor só sabia fazer saladas, já que o motivo dado pelo tribunal para o seu despedimento foi que: "ficou provado que A. é portador de HIV e que este vírus existe no sangue, saliva, suor e lágrimas, podendo ser transmitido no caso de haver derrame de alguns destes fluidos sobre alimentos servidos ou consumidos por quem tenha na boca uma ferida", mas não qualquer tipo de comida, como o médico de trabalho que serve o Hotel diz: "no caso de um pequeno derrame de sangue que passe despercebido e que caia sobre alimentos em cru consumidos por quem tenha na boca uma ferida". Nos alimentos crus, eu leio saladas e não sushi, obviamente.
Portanto, o senhor era certamente especialista em saladas. Pois que de outra maneira, o Hotel teria recolocado o senhor a fazer outro tipo de cozinhados, sem qualquer problema por parte da gerência, dos colegas de trabalho ou mesmo dos clientes. Já que estamos num país onde o preconceito não abunda e as pessoas, em geral, não são ignorantes e sabem que por exemplo o risco de se contrair o HIV através de lágrimas, saliva ou suor é nulo ou que as temperaturas do cozinhado são suficientes para matar o vírus...

Enfim, em toda esta estória triste, acabo por pensar, que cada vez que comer uma salada num restaurante qualquer vou procurar interiormente por um saborzinho a ferro. Só para me certificar se estou ou não estou a alimentar-me do sangue de um cozinheiro distraído, visto que isto deve estar sempre a acontecer...

sexta-feira, setembro 21, 2007

Estou a entrar numa fase interpoliana da minha vida, contudo, recuso-me a vestir de preto!

quarta-feira, setembro 19, 2007

À beira de um home-depressing moment, vou ver as estrelas para Lisboa. :P

segunda-feira, agosto 27, 2007

Por onde vou passando

Fui. Vim. Vou e hei-de vir para tornar a ir e finalmente voltar e ficar. Nos intervalos fui deixando. Deixei de estar, de pensar, de arrumar, de postar, de fazer. Fui me deixando aos poucos, em metades, por onde ia passando. Correndo o risco de acabar num ponto infinitamente pequeno no meio da minha memória, do meu passado e futuro.


Volto em Setembro com a vã esperança que depositamos em todos os Verões, voltar renovado.

quarta-feira, agosto 08, 2007

Smile and wave...

... or the 3 new Ss - simplicity, spontaneousity and stupidity

... or "really? no joking!?..."

Fighting for a new me. Mode on.

quinta-feira, agosto 02, 2007

Sinonímias

O dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (O que estava mais à mão, do meu lado direito. Tinha olhado primeiro para o Priberam mas pareceu-me pobre), diz que:

Snobismo: 1 atitude de quem despreza o relacionamento com gente humilde e imita, geralmente de maneira afectada, o gosto, o estilo e as maneiras de pessoas de prestígio ou alta posição social, e/ou assume ares de superioridade a propósito de tudo. 1.1 sentimento de superioridade exacerbado. 1.2 gosto excessivo, geralmente afectado, pelo que está na moda, inclusive trivialidades.

Elitismo: 1 liderança ou domínio por parte de uma elite 2 crença na legitimidade dessa liderança ou domínio e defesa dos seus valores e prerrogativas 3 consciência de ser elite ou membro de uma elite 4 descriminação social e/ou cultural que resulta do elitismo // política que visa antes de tudo à formação e selecção de uma elite intelectual, de sentido pejorativo.

(Sendo elite: 1 o que há de mais valorizado e de melhor qualidade, especialmente num grupo social 2 minoria que detém o prestígio e o domínio sobre grupo social.)

Superioridade: (o 1 e o 2 não estão dentro do contexto) 3 característica do que se julga melhor do que os outros.

Isto tudo devido a uma conversa mais ou menos acesa acerca dos conceitos acima, do que se é e do que não se é, daquilo que é legítimo ser, daquilo que é horrível ser-se... Onde acaba o direito de escolher e começa o comportamento elitista? quando é que se passa a ser snob? quando é que a superioridade acaba por descambar no desrespeito? quando é que atravessamos a linha ténue de mostrar uma opinião para passarmos a impor essa opinião? Como nos comportamos relativamente ao mainstream? A discussão esteve sobretudo focada na música, mas foi bater a outras portas...

domingo, julho 08, 2007

Então e o SBSR?

Bem, por onde começo? Houve os concertos, houve o alcatrão imenso, houve o palco, houve o assobio dos Peter, Bjorn and Jonh over and over, houve os Scissor Sisters (que mais uma vez, alguém se baldou...), houve os gajos que andavam carregados com cerveja, houve os encontros e desencontros com as pessoas, houve os pés doridos, houve as WCs (que até estavam em bom estado), houve os ausentes, houve os The Gossip (A gossipa rules!), houve gritos como "Chuchu!", houve químicos, houve bifanas para jantar, houve o sapo, houve ofertas de música por telefonema, houve Clap your Hands and Say Yeah - Yeah!, houve as mensagens por telemóvel a dizer "Estou do lado esquerdo, perto do corredor central a três metros do palco.", houve aqueles que não conhecemos mas que os vemos todos os dias, houve bolinhas de sabão, houve companhia, houve os Interpol (snobs que não cantaram o C'mere - não, a sério, Interpol foi brutal! eu sou daqueles que gosta de ouvir as músicas iguais ao álbum e passar pela mesma paleta de emoções, mas agora rodeado de gente...), houve a frase "Ganda concerto!" umas quantas vezes, houve conversas animadas nas idas e vindas de casa, houve boleias, houve muitos "Obrigado!" com accent, houve silhuetas de mulheres que não paravam de dançar - o Okereke até fez uma piada engraçada com isso, houve os encontros no lado esquerdo, houve desencontros no lado esquerdo, houve o brinde mais divertido que eu vi feito com quatro chupa-chupas, houve Arcade Fire (eles voltam e eu vou vê-los! De-mais!), houve gente que já não via há dois anos, houve pessoal com cartazes a dizer coisas estranhas, houve a necessidade de comprar roupa, houve bom ambiente, houve uma ligação emocional com o espaço (mesmo que o festival só tenha durado três dias), houve LCD Soundsystem, houve LCD Soundsystem, houve LCD Soundsystem... "New York I Love You But You're Bringing me Down!".

terça-feira, abril 17, 2007

Órbitas

“Come with me, come with me
We’ll travel to infinity”

Klaxons - Gravity's Rainbow

Os eventos com (des)conhecidos não dão um aspecto circular ao mundo, temo que nesta vida nada se feche. Mas na minha realidade pobre, escorrego por aí de encontro aos desfechos inacabados das outras pessoas. Sinto-me um electrão parvo e saltitante que se mastiga a si próprio por mastigar os outros. Afinal, somos tão poucos…
Por isso a ascensão ao infinito parece ser um sonho só revelado aos Klaxons. A mim, resta-me a clausura dos bares nocturnos lisboetas, que me nivelam por baixo com os seus olhares. E é estranhamente no despertar caseiro que posso ouvir a voz do Jamie Reynolds sem interferência.

quinta-feira, março 22, 2007

Estilhaço Histológico

"I think this place is full of spies
I think I'm ruined"

Assusto-me na tua magreza, na tua cara escavada pelos sentimentos, no teu olhar perdido nas emoções. Vejo-te frágil, um corpo quase invisível que se desmonta aos poucos, esquecido dos seus ossos, músculos, tendões.

"Didn't anybody, didn't anybody tell you
Didn't anybody tell you, this river's full of lost sharks"

Não faço nada. Mal observo de longe a conquista dos sentidos deturpados, da mente ensombrada. E não resisto a chorar pela demora dos outros em ti, pelas pancadas doces que nos encravam na terra.


"I know you put in the hours to keep me in sunglasses, I know"


"And so and now I'm sorry I missed you
I had a secret meeting in the basement of my brain"

Não podias ser tu a cantar-me esta canção? Cada vez mais perdida na cave do teu cérebro, onde ninguém te pode salvar... dos espiões, dos tubarões, do quotidiano interior com que vives o teu olhar.



"Didn't anybody, didn't anybody tell you
Didn't anybody tell you how to gracefully disappear in a room"


* Os The National cantam "Secret Meeting" aqui.

sexta-feira, março 02, 2007

Os dias escritos

Os dias são cinzentos. São azuis, pretos e cinzentos. Os dias são quartos de hospitais 24 horas por cima de 24 horas. Os dias são tentativas de eternos sorrisos para plateias tristes, conformadas. Os dias são camas ocupadas, para serem desocupadas, para voltarem a estar ocupadas. Os dias são mudanças sucessivas de casas, em cariz triângular, em arremessos de vontade, de falta de energia, de esperança, de tristeza. Os dias também são ódio, choro, luz e paz. Os dias têm sido mar sem procura, apenas o olhar a abarcar a imensidão inconstante. Uma garantia confortável da ausência de pensamento enquanto o azul perdura.

Os dias têm sido tudo isto, e cada um daria um post como cada frase acima daria um parágrafo.

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Só para ver as cartas tombarem em ecrã total

Às 3h20 da manhã. Clicar no solitário. Optar pelo modo "uma carta" e "sem pontuação" (depois de trezentas tentativas falhadas ao longo da noite em modo "Vegas"). Falhar 2 vezes e ganhar à terceira.

How sad is that?

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Intermission

Tenho que.

I am a total bastard.

Para gaúdio dos meus interlocutores estou passado. Ou estou no passado?

Quantas palavras precisamos para nos descrever? Pode-se apelar à sinonímia? Pode-se apelar?

O ritmo dos dias não me cansa, cansa-me não ter ritmo para os meus dias. Cansa-me a arritmia. Mas a arritmia é outra coisa... - "irregularidade e desigualdade das contracções do coração." in
Priberam. Num sentido menos físico, quem não sente uma "irregularidade e desigualdade das contracções do coração". Eu acho que isto é um sinónimo para angústia - "estreiteza; aperto; limitação de espaço; opressão; aflição; desgosto; tribulação; agonia." in Priberam, again.

Não. Não será a mesma coisa. Morre-se de angústia? Morre-se de arritmia?

Não disse nada sobre mim. Porque é que sou um bastard? E porque é que estou passado? Ou estou passado e por isso apetece-me escrever uma frase em inglês, fingir que choco as pessoas, dar-me ares. (não sei se esta última frase leva ou não ponto de interrogação)

Não tenho nada para dizer. Mas é revoltoso o eco, oco e interior. O apelo que não se revela em nada, mas não deixa de se propagar. O vazio, aqui, neste espaço que não consigo apontar mas que não deixo de sentir. A angústia. A angústia com motivos mas sem resultados. O peso dos dias. Os meses densos.

Nada se resolve com posts de merda.

Tenho que.