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domingo, outubro 23, 2011
Days go by
Mordo o maxilar. Não sei fazer melhor. Desgasto-o, inconsciente. Macero a junção dos ossos em sonhos, longínquo. Ganho um problema. Já disse que não sei fazer melhor. Tão pouco sei curar-me. Não quero. É como levantar o volume de uma canção para antecipar a surdez, para activar a dor. É uma aproximação. A música preenche o cérebro, os sentidos estalam e é só ouvir. Ou submeto-me a um ecrã e aí é só ver. Até os olhos enegrecerem e o sono apoderar-se. Então volto a ruminar. Até ao dia seguinte.
terça-feira, abril 12, 2011
Toco com os pés de lã nas letras do teclado. Estou a fazer uma grande imprecisão ao escrever. Toco como se uma música vagarosa soltasse por baixo dos meus pé, em passos que dou, cada vez mais rápido. Faço ouvir com a premonição do fogo, do raio, do instante. Toco, porque sei para onde vou, sem medo de dizer que o berro que ouviram era meu. Toco e a minha voz soa grossa e fria e quente. Toco porque há espaço, porque me permito, porque sou.
quinta-feira, outubro 29, 2009
Fartei-me dos piscares de olho, das cumplicidades, das partilhas de pensamentos brilhantes. Não tenho nada de novo para dizer, não trago nenhuma inovação na forma de mastigar referências. "Chiclete mastiga, chiclete deita fora." Não era isso que os Taxi diziam? Acertaram.
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terça-feira, outubro 06, 2009
Viver com a perda numa cidade cinzenta. Talvez chorar. Talvez deixá-la morar dentro de nós e florescer em feridas que saram com a ajuda de raios de sol fugidios. Abandonar as crostas, transformá-las em rugas que servem as emoções. Que nos tornam mais belos na tristeza e mais vivos quando nos rimos. Abandonar dois terços da juventude sem olhar para trás e recuperar a que nos resta nos passos solitários que damos, nos momentos em que só a cidade sabe de nós.
quinta-feira, outubro 01, 2009
Hoje teclo ao som dos Broken Social Scene para deixar aflorar em mim o tempo outonal. Não tanto pela perda ou nostalgia, mais pela reclusão através do meio sorriso. Não é uma rejeição da alegria, é só um resguardo de um copo um terço cheio para deixar, calmamente, voltar a encher.
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