Sinto um fervor renovado vindo dos dias, das refeições. Vindo de tudo o que me alimenta. Um foco de compulsão e força cardíaca que me acelera. Um desejo de expulsão, de compromisso. Um desejo de alvo. É um fervor que termina em cada perda diária, uma perda que se sobrepõe inexoravelmente quando toda a energia se esgota. São forças simétricas que me inutilizam. Arrebatam-me com o mesmo grau de perplexidade. Perco o movimento com ambas. A primeira imobiliza-me ao puxar-me em todas as direcções. A segunda deixa-me retido, sob a minha própria gravidade. As duas forças começam nos músculos e terminam no cérebro ou o inverso, não é importante. Em quase 30 anos de vida continuo sem saber lidar com elas.
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