Os dias são cinzentos. São azuis, pretos e cinzentos. Os dias são quartos de hospitais 24 horas por cima de 24 horas. Os dias são tentativas de eternos sorrisos para plateias tristes, conformadas. Os dias são camas ocupadas, para serem desocupadas, para voltarem a estar ocupadas. Os dias são mudanças sucessivas de casas, em cariz triângular, em arremessos de vontade, de falta de energia, de esperança, de tristeza. Os dias também são ódio, choro, luz e paz. Os dias têm sido mar sem procura, apenas o olhar a abarcar a imensidão inconstante. Uma garantia confortável da ausência de pensamento enquanto o azul perdura.
Os dias têm sido tudo isto, e cada um daria um post como cada frase acima daria um parágrafo.
Sem comentários:
Enviar um comentário