Começou a sorrir e a chorar, as lágrimas secaram com a força do vento vindo da janela aberta. O carro continuou a rolar à mesma velocidade. Ele, seguro de si, viu pela primeira vez que não estava a fazer o caminho da fuga nem o da salvação. Estava só a viajar...
quarta-feira, julho 23, 2008
Tenho saudades vossas. Gostava de ser rico, alugar uma casa e levar-vos para lá. Aí, vocês podiam divertir-se com os meus desalinhos diariamente. Ver-vos rir é ouro.
Existem lugares e momentos onde podemos controlar a beleza. E sermos eternamente felizes em lugares quadrimensionais, como de manhã, no autocarro a caminho do trabalho, ao som dos Vampire Weekend. You're right J., o "Oxford Comma" é mesmo excelente. Vou tentar adormecer com a imagem desta melodia espacial e com o som dos vampiros. Mereço sonhos bonitos.
Hoje não vou ver o Cohen. Vou provavelmente perder um grande concerto, o último que ele vai dar em Portugal. Não comprei bilhete, não me decidi, não me esforcei por decidir. Tinha alguns argumentos pouco satisfatórios para não ir, que os utilizei aqui e ali para mim e para os outros. Fico por casa sem a sensação de arrependimento nem de inércia. É como se o Cohen não viesse tocar à minha realidade, ou como se a minha realidade não estivesse preparada para um concerto do Cohen. São duas ondas que estão desajustadas e que não fazem sentido juntas. É orgânico e pouco racional.
Espero que ele dê um grande concerto!
Pedi ao Talisca, que vai viver essa realidade, para me enviar um fresco instantâneo do concerto por telemóvel. (os telemóveis são portais interdimensionais)
Escolhi o "Closing Time", do álbum The Future. Não é a minha música favorita do cantor, mas é uma celebração lúcida sobre a vida e as relações, que me deixa bem-disposto.
quinta-feira, julho 17, 2008
As nossas camadas entrelaçam-se nas camadas dos outros.