sábado, julho 19, 2008

"And the moon is swimming naked and the summer night is fragrant with a mighty expectation of relief"

Hoje não vou ver o Cohen. Vou provavelmente perder um grande concerto, o último que ele vai dar em Portugal. Não comprei bilhete, não me decidi, não me esforcei por decidir. Tinha alguns argumentos pouco satisfatórios para não ir, que os utilizei aqui e ali para mim e para os outros. Fico por casa sem a sensação de arrependimento nem de inércia. É como se o Cohen não viesse tocar à minha realidade, ou como se a minha realidade não estivesse preparada para um concerto do Cohen. São duas ondas que estão desajustadas e que não fazem sentido juntas. É orgânico e pouco racional.

Espero que ele dê um grande concerto!

Pedi ao Talisca, que vai viver essa realidade, para me enviar um fresco instantâneo do concerto por telemóvel. (os telemóveis são portais interdimensionais)

Escolhi o "Closing Time", do álbum The Future. Não é a minha música favorita do cantor, mas é uma celebração lúcida sobre a vida e as relações, que me deixa bem-disposto.

3 comentários:

Joana Amoêdo disse...

Ora aí está. Há noites em que não devemos sair (ponto)

su disse...

Mas perdeste um concerto memorável, de excepção....Tenho estado a ouvi-lo, desde que cheguei a casa...

Emocionei-me com esta:
http://www.youtube.com/watch?v=s_vSIpwOOgE&feature=related

e o Suzanne, aquele 'half crazy', é o meu baptismo de fogo!

'A não esquecer, é ele quem o diz:
Ring the bells that still can ring
Forget your perfect offering
There is a crack in everything
That's how the light gets in.'

*

Randomsailor disse...

debbie: :)

su: true, perdi-o.