quarta-feira, dezembro 31, 2008

Não quero esticar 2008, mas sou um homem de calendário, por isso aproveito datas. Prolongo-me na madrugada de 31 de Dezembro e quero acordar cedo - tudo ao mesmo tempo. Para hoje, prometo-me ainda um quarto arrumado, um cuidado no vestuário, uma saída de casa a horas certas. Quero dar um beijo à minha mãe antes de apanhar o comboio e seguir para Lisboa a tempo de uma longa caminhada with a friend of mine. Depois, espera-me um jantar brega cheio de olhares cúmplices - e uma grande comemoração!

2009 é amanhã. Tenho muitos desejos para o próximo ano, um dos mais importantes é cumprir-me. Hoje o 5 years faz dois anos, também ele vai-se cumprindo...

segunda-feira, dezembro 29, 2008

"Heartbeats"

"To call for hands of above to lean on
..."


Ficam as reticências em vez do próximo verso dos "The Knife".


Aproveito para deitar a primeira mão de terra em cima de 2008 - um caixão de coisas boas. As perdas, as angústias e as dores acumulam-se na perna esquerda e entram connosco no ano novo.


Está tudo a respirar?

quarta-feira, dezembro 24, 2008

Viajei protegido como se estivesse dentro de um couraçado e não de uma bagageira. Deitado, de lado, mais perto do que nunca da estrada e das curvas, mais perto do que nunca do chão. Fui, com a certeza de estar seguro por serem vocês que estavam à frente, a ditarem o rumo do caminho, a permitirem a mudança.

sexta-feira, dezembro 19, 2008

O nevoeiro chegou atrasado, finalmente ninguém podia ver que eu estava perdido.

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Happy // Together













vamos culpar Buenos Aires? ou o quarto pequeno com pulgas; ou a cascata gigante no final da longa estrada, no meio do mapa. invisível.

vamos culpar a despontuação dos dias? ou o compasso do tango. próximo, junto, colado, suado, impossível.

vamos certamente culpar o gravador de cassetes. o choro convulsivo, as lágrimas que ficaram coladas na fita, que foram atiradas para um mar a partir de um farol longínquo, que desapareceram na ponta de um comboio veloz, numa cidade que fica do outro lado do mundo.

Absurdos neuro-fisiológicos

Às vezes, estar unavailable, é uma coisa imposta pelo corpo.

terça-feira, dezembro 09, 2008

Perdi-me no asfalto molhado das ruas de Lisboa. Perdi-me na noite escura.

"It's not about you babe, soon you'll be somewhere
It's not about these streets, they'll be here forever
It's not about anything, anyone at all
It's just that now we feel so small in the heart of the world"

"the heart of the world" X-Wife

quinta-feira, dezembro 04, 2008

A música do post abaixo grita-me aos ouvidos estes versos...

"And in the darkened underpass
I thought oh god, my chance has come at last
(but then a strange fear gripped me and I Just couldnt ask)"

... e não há nada a fazer.