... a reler, a rever, a retomar, a repensar. Volto aos momentos do passado que podem ser revisitados agora e daqui a pouco, e sempre que se quiser, até nos esquecermos de ir lá. Até nos esquecermos.
Perco-me no novelo de relações e sentimentos e becos e confusões. Fico confundido, aliciado, esbatido e cansado.
Aos oito já queria ter dezoito, aos dezoito sentia-me com treze. Aos dezoito perdi-me.
Hoje tenho vinte e quatro e continuo a perder-me em mim, em ti, nos outros. Nos amigos, nos próximos, nos idos. Há quem me olhe como adulto, a mim as coisas repetem-se como se acabadas de nascer.
quarta-feira, janeiro 31, 2007
segunda-feira, janeiro 29, 2007
À minha avó. Ao meu mano.
Olho para lá da janela. Tento ver o mesmo que a minha avó - que está do meu lado esquerdo - vê. Olho pretensioso, como se por um segundo, 88 anos de vida e experiência, de calo e dor, ocupassem o meu cérebro. Resta-me imaginar que vejo.
Mas a minha avó vê o seu filho mais velho a sair de casa, a entrar num carro e a partir, mais uma vez. Foram tantas as vezes... Muitas, muito mais dolorosas. Acho eu.
No seu dia de aniversário quero acreditar que o beijo que o seu filho mais velho lhe deu foi um momento de felicidade. Não sei que dizer. Sei tão pouco...
Ao entardecer, a sombra vai preenchendo rapidamente os telhados do meu bairro.
Um dia frio acompanha-te aos teus 25 anos de existência. Um dia contido, com rasgos de céu entre nuvens que chovem. Também não alcanço o teu olhar, apesar de estar muito mais perto. Mas sei tão pouco... Decifro no entanto uma busca pela indiferença, pelo esquecimento. Não quero estar certo.
Ainda vais estar ao meu lado, hoje. Serei uma parte no teu dia de anos, mas tu serás uma imensidão na minha segunda-feira de 29 de Janeiro. Anseio o jantar, partilhar dias contigo, viver mais um pouco...
Mas a minha avó vê o seu filho mais velho a sair de casa, a entrar num carro e a partir, mais uma vez. Foram tantas as vezes... Muitas, muito mais dolorosas. Acho eu.
No seu dia de aniversário quero acreditar que o beijo que o seu filho mais velho lhe deu foi um momento de felicidade. Não sei que dizer. Sei tão pouco...
Ao entardecer, a sombra vai preenchendo rapidamente os telhados do meu bairro.
Um dia frio acompanha-te aos teus 25 anos de existência. Um dia contido, com rasgos de céu entre nuvens que chovem. Também não alcanço o teu olhar, apesar de estar muito mais perto. Mas sei tão pouco... Decifro no entanto uma busca pela indiferença, pelo esquecimento. Não quero estar certo.
Ainda vais estar ao meu lado, hoje. Serei uma parte no teu dia de anos, mas tu serás uma imensidão na minha segunda-feira de 29 de Janeiro. Anseio o jantar, partilhar dias contigo, viver mais um pouco...
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quinta-feira, janeiro 04, 2007
Tactear
"Porque é que não abres as persianas?" Porque é que não deixas a luz entrar? Nas profundezas do Inverno opto por andar devagarinho. Se calhar não opto. Se calhar é a minha velocidade de eleição. O mais provável é não conseguir correr mais rápido... As insondáveis acções da nossa mente fazem-nos escravos de nós próprios. Ou serão as insondáveis vontades? Sem dúvida que não me compreendo totalmente, talvez por falta de esforço, talvez por falta de passo. Mas a vida continua e os anos passam. E novos espaços se abrem sem conterem qualquer data de validade. Por isso um azul nebuloso paira sobre mim, sobre este blog, sobre as minhas acções. Um azul nebuloso que tento dirigir, com probabilidade de repetição de erros, repetição de vontades, repetição.