quinta-feira, julho 26, 2007
Summer, holidays - Beach!
Segundo o weather do yahoo, os próximos quatro dias vão estar soalheiros, com as respectivas temperaturas, para um local próximo do sítio onde vou estar: 29º, 31º, 34º, 34º (tive que converter o valor para celsius - se-ca!). Não, reparem, isto são temperaturas de Verão! :D Sou um sortudo! Vai ser areia, ondas e repouso. Levo quatro pilhas AAA para alimentar o meu creative, levo boa disposição, livros, o Uno, protector e etc, muito etc... (mmmhh, isto pertencia a uma publicidade qualquer). Volto segunda, com posts fresquinhos.
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terça-feira, julho 24, 2007
Música, adolescência e os 90's
Os meus anos 90 não foram os do Grunge, foram outros. Lembro-me da morte do Kurt Cobain ainda ia eu no meu longínquo 6º ano - cheio de correria e de simplicidade. A morte do vocalista dos Nirvana não me pôs a chorar nem retirou a minha fé na humanidade como fez ao Nate Fisher - soou somente distante mas com a necessidade real de um "A sério?", como tinha ocorrido três anos antes com a morte do vocalista dos Queen - esta bem diferente, mas que eu, na minha inocência dos 11 anos, tinha posto tudo no mesmo saco.
Os anos 90 foram correndo, e só três anos mais tarde, já afagado pelos sobressaltos da adolescência é que me veio parar à mão uma cassete gravada (ah, esses tempos...!) do Nevermind. A voz do Kurt Cobain entrou finalmente no meu quarto, mas sejamos honestos, com muito menos impacto do que uma Alanis Morissette ou do que um Leonard Cohen (a primeira tornou-se alvo de obsessão com o seu Jagged Little Pill, o segundo pus para contrabalançar e não mostrar só o meu lado semi-piroso de pré-adolescente).
Isto tudo porque, à conta do último álbum de família da radar - o In Utero, dos Nirvana, não pude deixar de pensar no facto do Grunge me ter passado ao lado, embora tenha tocado de perto muito boa gente da minha idade e que me rodeava. A minha energia teenager iria encontrar outra fonte de obsessão e de descoberta, que me deu para horas de reflexão, de olhar vítreo e de admiração extraordinária.
Estava a meio do secundário, quando a proximidade da produção de uma peça de teatro chamada "Cowboy Mouth", de Sam Shepard, veio tirar o pó a uma data de discos de vinil antigos que pertenciam aos meus irmãos, nomeadamente do David Bowie, e ao gira-discos que existia cá em casa. A iconografia só por si já valia a pena, mas toda aquela música do princípio dos anos 70, associada ao Glam rock, veio tocar no nervo certo. Foram dois ou três anos a descobrir a discografia do Bowie (que não parou, para bem da minha sanidade mental, no Glam), outros autores da geração, a onda neo-glam com os Placebo e os Suede e o Velvet Goldmine - o filme mítico de Todd Haynes. Passei o 12º ano a estudar para os exames e a ouvir os vinis do Bowie, lembro-me das noites frias de Inverno (valentes frieiras que apanhei nesse ano!), a parar o estudo, ir até ao gira-discos, virar o disco, pôr play, acertar agulha e começar a ouvir - "This ain't rock'n'roll. This is genocide!", Diamond Dogs in loop - how cool is that?
segunda-feira, julho 23, 2007
Pala, esta é p'a ti
Cinco livros em corrente, certo? *Sigh* Ando tão desinteressante que três deles são técnicos, o quarto uma releitura e o outro é um comics, do Capitão America, mas ganho pontos por ser a edição americana paperback.
Lá vai:
O que é o jornalismo - Nelson Traquina
Sobre a Televisão - Peter Bourdieu
Jornalismo: Questões, Teorias e "estórias" - Nelson Traquina
Os Despojados - Ursula Le Guin, Ficção Científica da boa!
Winter Soldier vol 1 - Ed Brubaker, Comics dos Bons!
Os livros técnicos, são... livros técnicos. :P Não falemos sobre isso. A Ursula Le Guin é espectacular. O Capitão America depara-se com um big issue.
Gente, estou com baixas capacidades para escrever. Hoje fico por aqui.
Lá vai:
O que é o jornalismo - Nelson Traquina
Sobre a Televisão - Peter Bourdieu
Jornalismo: Questões, Teorias e "estórias" - Nelson Traquina
Os Despojados - Ursula Le Guin, Ficção Científica da boa!
Winter Soldier vol 1 - Ed Brubaker, Comics dos Bons!
Os livros técnicos, são... livros técnicos. :P Não falemos sobre isso. A Ursula Le Guin é espectacular. O Capitão America depara-se com um big issue.
Gente, estou com baixas capacidades para escrever. Hoje fico por aqui.
sexta-feira, julho 20, 2007
Ouvir...
... o "Not even jail" dos Interpol e olhar para o amanhecer, através da janela, é uma óptima maneira de se começar o dia. :)
quinta-feira, julho 19, 2007
Peter, Bjorn & John em Paredes de Coura
Via blitz. Buãhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!
quarta-feira, julho 18, 2007
terça-feira, julho 17, 2007
Os outros
Tenho tendência para me deixar hipnotizar por tudo aquilo que me fascina. Às vezes toca na obsessão. Mas tento guardar para mim esses lugares mentais, para não chatear os outros, se calhar sem sucesso. Quem me conhece sabe do que eu sinto por esta série. É só um exemplo, entre muitos. Apesar de gostar que as outras pessoas tenham fascínios comuns, vou tentando libertar-me dessas pequenas angústias... Entretanto, mesclo-me com aquilo que me hipnotiza, sinto, emociono-me, vivo com essas mensagens repetidas que não me canso. Tenho a secreta fantasia de que quanto mais tempo gastar a absorver um objecto, mais pormenores retenho, mais o compreendo e mais me compreendo.
E os outros?
Os outros são muitos. Dividem-se em muitas células. Família, amigos, amigos que são família, amigos mais longínquos, conhecidos, conhecidos com um desejo secreto de passarem a ser amigos, antigos amigos que deixaram do o ser, desconhecidos, família afastada, gente que não queremos ver por perto, gente indiferente, conhecidos de uma só noite, conhecidos com quem se está sempre bem, desconhecidos que já foram incrivelmente próximos, etc, um etc vasto.
E os outros?
Descobri à relativamente pouco tempo que os outros podem tornar-se objecto real e fascinarem-me da mesma forma. Não quero coleccionar outros, acho horrível coleccionar pessoas, as pessoas são livres, são para verem e serem vistas, são para existirem - uma autonomia integrada num mundo. E este fascínio quer transformar-se em afecto mas pode não acontecer, assim como o afecto que tenho por pessoas não significa necessariamente fascínio.
Essas tais pessoas, vejo-as com uma nitidez absurda. São completas em detalhes. São detalhadas. Mostram no rosto, nos gestos, naquilo que vestem, nas ideias que dizem, densidades coloridas, com formas entrecruzadas, que se deformam mutuamente. Vêem e olham e retiram pormenores que usam e transformam, que agregam e projectam. São um imaginário. Andam únicas pelas ruas, constroem-se. Estão vivas. Tornam o que está morto, incandescente, dão um motivo para que o que está morto, exista.
Continuam a ser pessoas, com defeitos e feitios. Mas vê-las e revê-las é sempre um prazer... Com um bocado de sorte mantêm-se assim até ao final da sua vida.
E os outros?
Os outros são muitos. Dividem-se em muitas células. Família, amigos, amigos que são família, amigos mais longínquos, conhecidos, conhecidos com um desejo secreto de passarem a ser amigos, antigos amigos que deixaram do o ser, desconhecidos, família afastada, gente que não queremos ver por perto, gente indiferente, conhecidos de uma só noite, conhecidos com quem se está sempre bem, desconhecidos que já foram incrivelmente próximos, etc, um etc vasto.
E os outros?
Descobri à relativamente pouco tempo que os outros podem tornar-se objecto real e fascinarem-me da mesma forma. Não quero coleccionar outros, acho horrível coleccionar pessoas, as pessoas são livres, são para verem e serem vistas, são para existirem - uma autonomia integrada num mundo. E este fascínio quer transformar-se em afecto mas pode não acontecer, assim como o afecto que tenho por pessoas não significa necessariamente fascínio.
Essas tais pessoas, vejo-as com uma nitidez absurda. São completas em detalhes. São detalhadas. Mostram no rosto, nos gestos, naquilo que vestem, nas ideias que dizem, densidades coloridas, com formas entrecruzadas, que se deformam mutuamente. Vêem e olham e retiram pormenores que usam e transformam, que agregam e projectam. São um imaginário. Andam únicas pelas ruas, constroem-se. Estão vivas. Tornam o que está morto, incandescente, dão um motivo para que o que está morto, exista.
Continuam a ser pessoas, com defeitos e feitios. Mas vê-las e revê-las é sempre um prazer... Com um bocado de sorte mantêm-se assim até ao final da sua vida.
quinta-feira, julho 12, 2007
ness
Gosto do "ness" inglês que dá para acrescentar a qualquer adjectivo e inventar um novo estado de alma. Há o "coolness", o "tenderness", o "bitchness", etc, etc... Qualquer palavra ness não precisa de mais nada para significar uma sensação. Aliás, não sei porque é que não inventeram t-shirts só com este tipo de palavras... "Hoje sinto-me um gajo cool!" - toca a pôr a t-shirt lilás, com letras em prateado a dizer "Coolness". Estas cores dariam mais para um "Kitchness", ou "Tastelessness", não sei... E depois, facilmente poderiamos produzir estados de espírito mais complexos, como "sadness" com "boringness", que traduz muito bem aqueles finais de tarde de domingo, em que o desalento e a preguiça transformam-se num je ne sais quois depressivo. E acabamos em frente à televisão a ver o primeiro programa que aparece com uma sensação de repugnância, que nunca temos a certeza se é em relação ao programa ou a nós mesmos - "discustingness", neste caso.
Esta conversa toda para dizer que eu hoje sinto, vá, uma certa "loneliness", com "worriness" e "tiredness". E isto está tudo a um grau de se transformar em "desperateness". Mas pronto, amanhã será outro dia. Há que cultivar o "tomorrowness" que há em nós...
Esta conversa toda para dizer que eu hoje sinto, vá, uma certa "loneliness", com "worriness" e "tiredness". E isto está tudo a um grau de se transformar em "desperateness". Mas pronto, amanhã será outro dia. Há que cultivar o "tomorrowness" que há em nós...
domingo, julho 08, 2007
Então e o SBSR?
Bem, por onde começo? Houve os concertos, houve o alcatrão imenso, houve o palco, houve o assobio dos Peter, Bjorn and Jonh over and over, houve os Scissor Sisters (que mais uma vez, alguém se baldou...), houve os gajos que andavam carregados com cerveja, houve os encontros e desencontros com as pessoas, houve os pés doridos, houve as WCs (que até estavam em bom estado), houve os ausentes, houve os The Gossip (A gossipa rules!), houve gritos como "Chuchu!", houve químicos, houve bifanas para jantar, houve o sapo, houve ofertas de música por telefonema, houve Clap your Hands and Say Yeah - Yeah!, houve as mensagens por telemóvel a dizer "Estou do lado esquerdo, perto do corredor central a três metros do palco.", houve aqueles que não conhecemos mas que os vemos todos os dias, houve bolinhas de sabão, houve companhia, houve os Interpol (snobs que não cantaram o C'mere - não, a sério, Interpol foi brutal! eu sou daqueles que gosta de ouvir as músicas iguais ao álbum e passar pela mesma paleta de emoções, mas agora rodeado de gente...), houve a frase "Ganda concerto!" umas quantas vezes, houve conversas animadas nas idas e vindas de casa, houve boleias, houve muitos "Obrigado!" com accent, houve silhuetas de mulheres que não paravam de dançar - o Okereke até fez uma piada engraçada com isso, houve os encontros no lado esquerdo, houve desencontros no lado esquerdo, houve o brinde mais divertido que eu vi feito com quatro chupa-chupas, houve Arcade Fire (eles voltam e eu vou vê-los! De-mais!), houve gente que já não via há dois anos, houve pessoal com cartazes a dizer coisas estranhas, houve a necessidade de comprar roupa, houve bom ambiente, houve uma ligação emocional com o espaço (mesmo que o festival só tenha durado três dias), houve LCD Soundsystem, houve LCD Soundsystem, houve LCD Soundsystem... "New York I Love You But You're Bringing me Down!".
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