sábado, outubro 29, 2011
Rádio Amália
Saí da noite e entrei no táxi. De fora deixei o fumo do tabaco e as luzes interiores e sentei-me na Lisboa já amanhecida. A Lisboa do fado na rua e do Tejo azul, da feira da ladra e do movimento de sábado. Entrei sozinho na manhã com a mesma certeza com que entrara sozinho na noite. Com a premonição do tempo. Contínuo, imparável. E atravessei a cidade ainda escura imerso no devir. Em direcção a casa. Adiantado. Fui acompanhado pelo suceder de vozes, pela guitarra portuguesa. Ainda de noite na manhã da rádio Amália.
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