quarta-feira, março 12, 2008

Aos beijos a sofreguidão. O tremor na simetria universal das bocas, o roçar das línguas, a respiração roubada. Nos beijos, sempre a continuação do outro, a inaptidão do pensamento, os olhos fechados. Os beijos, que se apoderam de nós, que submetem a razão, que nos sugam. Que duram mais três segundos quando já decidiram acabar. Aos beijos a imensidão do momento, que nos engana, não nos avisando da memória que descai de tão mal guardada.
Finalmente aos beijos, pelo esforço de se tornarem únicos. Não vá uma palavra errada, um choro melancólico, uma volta da vida fazer-nos lembrar que foram os últimos.

4 comentários:

someofme disse...

Delicioso :)

Randomsailor disse...

mu'to'brigado! :)

someofme disse...

Não resisto a achar essa expressão ainda mais deliciosa (até porque a estava a tentar dizer e deparo-me com uma certa dificuldade em fazê-lo de uma forma consciente)... Comentário muito parvo este meu, eu sei. :)

Randomsailor disse...

loll

worry not

abraço