Em última instância não é a morte, é a velhice. A tardia, que é muda por fora e por dentro. Que não nos deixa gritar. Que nos faz ter medo de adormecer, sem nos apercebermos que a diferença em estarmos acordados não é assim tão grande.
Ou se calhar percebemos... mas continuamos a vomitar uma vontade de estar mesmo que isso tenha muito pouco de ser.
6 comentários:
oh marujo, é que depois, não há mais nada...
eu sei...
Preferimos estar acordados porque a insustentabilidade de ser é preferível à eterna sustentabilidade de ser nada mais que vácuo.
"ser nada mais que vácuo" - Bem bom! ;)
É um receio que me acomete desde tenra idade, mas vou conseguindo ultrapassá-lo, ou então remeto-o para o campo das abstracções. Qualquer dia discutimos isso pessoalmente. Abraço.
está combinado puto, abraço! :)
Enviar um comentário