Era do fumo do cigarro que nascia? Que buscava força para a sua carne? Deitada. Sentada. A luz a bater e a entrar pelo ouvido, a mistura das sensações e dos sentidos. As pernas despidas, o jacto de claridade, a janela aberta, o vento a soprar na cortina.
A doçura negra do desalento.
A memória do último beijo.
Não esperava pelo fim da estação, estava quieta no movimento, soprava o fumo desalinhado do cigarro, criava sombras. Assombrava-se no meio da luz.
2 comentários:
Fizeste-me lembrar, com este texto, uma canção dos GNR da qual gosto bastante: "Vídeo Maria".
não conheço a música...
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