Na estação do Metro do Cais-do-Sodré, é o coelho que me põe a sorrir. O tamanho, o relógio, o “o” que falta na frase “estou atrasad(o)”. Gostava que ele olhasse para mim, levantasse a mão num aceno e desatasse a correr, libertando-se dos azulejos.
Um coelho de contornos azuis, gigante, em velocidade pelos túneis do Metro de Lisboa.
Um coelho, de perna traçada, sentado num banco da estação do Saldanha, olha para o relógio, suspira, desvia os olhos para a linha e pondera: “Espero pelo metro ou arranco corredor abaixo em direcção ao Marquês?”
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