sexta-feira, fevereiro 29, 2008
"keep it simple" - it's a quote
something.
algo.
vou publicar o post. fazer um café. bebê-lo. e vou manter as coisas simples. amanhã almoço convosco, e neste momento isso é tudo o que interessa.
kiss kiss
quinta-feira, fevereiro 28, 2008
quarta-feira, fevereiro 27, 2008
De vez.
segunda-feira, fevereiro 25, 2008
"Maybe we can eventually make language a complete impediment to understanding."
domingo, fevereiro 24, 2008
Azul/Castanho
Contudo, ele que olhava, questionava aquela fronteira que as cores definiam. Será que mais uma vez não seria a incapacidade humana de apreender a gradualidade das coisas, responsável por aquela percepção? Agora na sua vertente fisiológica, óptica?
Focava a fronteira, olhava para o azul e para o castanho distantes, esforçava-se para encontrar uma zona de mistura, um padrão intermédio. Não admitia ser vítima do seu cérebro primário, que até naquela situação, continuava a envolver a realidade num sistema binário que tudo simplificava, e que destruía a hipótese de se ser verdadeiramente livre...
sábado, fevereiro 23, 2008
sexta-feira, fevereiro 22, 2008
"The rainbow of her reasons"
Dois exemplos:
- Durante a segunda temporada a Brenda tem dois comportamentos paralelos que são a antítese um do outro. Por um lado vai alimentando e fazendo o papel de namorada do Nate, faz a festa de noivado, encaixa da melhor forma possível a notícia de que o Nate vai ter um filho de outra. Todo o comportamento normal, socialmente aceite e correcto de uma pessoa madura. Ao mesmo tempo, vai tendo relações casuais com outros homens a título de experiência quase científica, mas que põem em causa o relacionamento com o Nate e são um reflexo inconsciente da sua incapacidade e medo de assumir uma relação para a vida. No final da temporada a situação explode, numa discussão brutal entre os dois.
- Outro exemplo é o caso do David em que num episódio da quarta temporada é raptado e passa por uma experiência traumática que o deixa literalmente às portas da morte. Essa experiência tem um impacto directo durante o resto da temporada, mas vai sendo tratada e posta de lado. No entanto, depois da morte do irmão, já no final da quinta temporada, o problema reacende-se e o David volta a ter pesadelos com o seu agressor até se aperceber que o que está em jogo é a incapacidade de aceitar a sua morte, que ficou mais próxima depois do que aconteceu ao irmão.
Durante as cinco temporadas dos Sete Palmos, podemos verificar este comportamento em harmónica de todas as personagens. Em que os acontecimentos parecem ser encaixados por cada um, mas que mais tarde revelam-se nos momentos menos óbvios em acções que vão custar caro e que para serem realmente superadas exigem tempo e um esforço épico.
É precisamente este mecanismo que torna as personagens complexas e faz com que a série seja tão boa. Porque a forma como os defeitos e a personalidade de cada um são trabalhados está muito perto da realidade. As nossas acções e comportamentos, os nossos vícios, todos os pequenos detalhes que nos constroem são fruto de centenas de acontecimentos que muitas vezes não nos apercebemos nem questionamos e que se reflectem em ciclos comportamentais, em falhas, em momentos e acções que não conseguimos explicar. O título deste post remete para esta ideia. “The rainbow of her reasons” dá o nome a um dos episódios mais bonitos da última temporada e é uma imagem mental clarificadora do que escrevi acima. A razão da razão é vasta e cobre-nos. É por isso que se leva uma vida inteira a tentar compreender os outros e a nós próprios.
quarta-feira, fevereiro 20, 2008
Exorcismo
A esses, nem um segundo do meu olhar. Nem a parecença do meu afecto.
segunda-feira, fevereiro 18, 2008
"Mistaken for strangers" - The National
surprise, surprise they wouldn’t wannna watch
another uninnocent, elegant fall into the unmagnificent lives of adults"
Oiço esta música há meses, mas só há poucos dias resolvi olhar com atenção para a letra. Fica aqui este excerto. Um apontamento brilhante do peso nostálgico que carregamos, nos dias em que somos a maior das nossas desilusões. Nos dias em que queremos passar despercebidos.
A letra integral aqui. A música no myspace da banda.
Noites e Tribos
Nas noites em que me sinto mais contemplativo, nas quebras das músicas, sucede ter que fazer um esforço para me situar. Tento desviar-me dos olhos que me rodeiam e perceber o sentido das minhas acções, a razão porque estou ali e não no sossego da minha casa. É fácil perdermo-nos nas acções dos outros, é fácil encetarmos modos de estar que são a continuação dos outros. Corremos o risco de sermos o eco das pessoas que estão à nossa volta, cujo eco nem sequer é original... E há algum mal nisto? Nenhum, até as noites parecerem todas iguais.
Mas existe um conforto neste reconhecimento de caras em constante crescimento. Um conforto social de sermos admitidos, de pertencermos e estarmos assegurados a uma certa tribo. Não sei qual é o meu papel nessa tribo. Tento criar um papel à minha medida e ainda não sei o que me interessa, onde me situo e como é que me devo comportar... Work in progress, I guess.
sábado, fevereiro 16, 2008
sexta-feira, fevereiro 15, 2008
Enki Bilal no Público
mais à frente
"-Incomodo-a?...
-Chega em má hora... Estou prestes a perder o meu pai...
-Lamento... Gravemente doente?...
-Não, gravemente feliz."*
O Público tem vindo a publicar semanalmente obras de banda desenhada de vários autores consagrados. Esta quarta-feira foi a vez de Enki Bilal. O livro juntou duas histórias diferentes. A primeira, "A Feira dos Imortais", é o primeiro tomo da trilogia Nikopol, editada durante os anos 80 e inícios de 90. A segunda é mais recente, finais dos anos 90, chama-se "O Sono do Monstro", é o primeiro tomo de quatro que conta a história de três órfãos de Sarajevo. Ambas as histórias acontecem na Terra, num futuro próximo.
O imaginário de Bilal é indissociável dos seus desenhos belos, expressivos, em que a cor é tão importante como o traço e que no todo conseguem sozinhos transmitir ao leitor o ambiente das histórias, que são sempre de um pessimismo brutal quanto ao futuro da civilização mas que vão sendo contadas com um apelo poético irresistível... A edição é boa e barata. Para quem não conhece o autor é uma óptima iniciação.
Página oficial de Bilal aqui.
*Excertos da obra de Enki Bilal - "O Sono do Monstro".
Pássaros
Fico a ouvi-los em sossego, um ruído íntimo a dois metros de distância, com um telhado pelo meio que separa olhares, milhões de anos de divergência evolutiva e muito mais... Tenho sempre a tentação de saltar da cama, abrir a clarabóia e olhá-los de perto. Nunca o fiz, sobrepõe-se a vontade de deixar a natureza estar.
quinta-feira, fevereiro 14, 2008
Auto-indulgência
Corro o sério risco de me tornar um cínico.
Tomar banho. Pôr-me a milhas.
"Inebriation leads revelation"
terça-feira, fevereiro 12, 2008
segunda-feira, fevereiro 11, 2008
Tudo isto está mais ou menos preso por um fio
*In, "O mesmo mar" de Amos Oz, pág.195, edições Asa.
"Heaven knows, it's got to be this time"*
Lembrei-me da Marie Antoinette da Kirsten Dunst a correr em direcção ao seu primeiro nascer do sol dos 18 anos. Da alegria e vontade em descer as escadas, em cair na relva. Do grito "So beautiful!" dito aos primeiros raios do sol.
De devermos momentos desses a nós próprios (com direito a frases feitas repetidas até ao infinito).
"Oh, I'll break them down, no mercy shown,
Heaven knows, it's got to be this time
Avenues all lined with trees,
Picture me and then you start watching,
Watching forever."*
E depois há um outro correr, muito mais carregado (mas não menos cinematográfico). Um correr em direcção à escuridão, vezes sem conta...
*Excerto da letra "Ceremony" dos New Order.
domingo, fevereiro 10, 2008
"Don't test the moment when you break the sun"*
Explicação da fotografia aqui.
Este post é patrocinado pelo Astronomy Picture of the Day!
*Excerto da letra "The Bomb" dos New Young Pony Club.
sábado, fevereiro 09, 2008
Frase do dia
E depois desatei a correr em direcção à estação de Santa Apolónia.
* Frase construída em conjunto pela Pat e por mim.
sexta-feira, fevereiro 08, 2008
She's damaged and we like it
O resultado do último acto de uma cadeia de acções é probabilisticamente improvável mas tem que existir
*Suspiro*
Sergius Gregory em escuta
quarta-feira, fevereiro 06, 2008
Diálogo imaginado
segunda-feira, fevereiro 04, 2008
Lee, mas magro
What New Battlestar Galactica character are you? created with QuizFarm.com | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
You scored as Capt. Lee Adama (Apollo) You have spent your life trying to life up to and impress your Dad, shame he never seemed to notice. You are a stickler for the rules. But in matters of loyalty and honour you know when they have to be broken.
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sexta-feira, fevereiro 01, 2008
Smile like you mean it
Hoje, com os The Killers, lembrei-me de 2005. Não sorri com medo de falhar.