quarta-feira, dezembro 31, 2008
2009 é amanhã. Tenho muitos desejos para o próximo ano, um dos mais importantes é cumprir-me. Hoje o 5 years faz dois anos, também ele vai-se cumprindo...
segunda-feira, dezembro 29, 2008
"Heartbeats"
..."
Ficam as reticências em vez do próximo verso dos "The Knife".
Aproveito para deitar a primeira mão de terra em cima de 2008 - um caixão de coisas boas. As perdas, as angústias e as dores acumulam-se na perna esquerda e entram connosco no ano novo.
Está tudo a respirar?
quarta-feira, dezembro 24, 2008
sexta-feira, dezembro 19, 2008
segunda-feira, dezembro 15, 2008
Happy // Together
vamos culpar Buenos Aires? ou o quarto pequeno com pulgas; ou a cascata gigante no final da longa estrada, no meio do mapa. invisível.
vamos culpar a despontuação dos dias? ou o compasso do tango. próximo, junto, colado, suado, impossível.
vamos certamente culpar o gravador de cassetes. o choro convulsivo, as lágrimas que ficaram coladas na fita, que foram atiradas para um mar a partir de um farol longínquo, que desapareceram na ponta de um comboio veloz, numa cidade que fica do outro lado do mundo.
terça-feira, dezembro 09, 2008
"It's not about you babe, soon you'll be somewhere
It's not about these streets, they'll be here forever
It's not about anything, anyone at all
It's just that now we feel so small in the heart of the world"
"the heart of the world" X-Wife
quinta-feira, dezembro 04, 2008
A música do post abaixo grita-me aos ouvidos estes versos...
I thought oh god, my chance has come at last
(but then a strange fear gripped me and I Just couldnt ask)"
... e não há nada a fazer.
sexta-feira, novembro 21, 2008
There is a light that never goes out
Rapaz tolo...
Levem-me, por favor.
domingo, novembro 16, 2008
"23" - Blonde Redhead
"How many times the world go around?"
Mas acredito que a essência do "Twenty three" dos Blonde Redhead esteja toda no verso acima. Os cinco minutos e 18 segundos da canção assentam nesta questão.
Já ouvi tantas vezes o "Twenty three"... Nos últimos tempos faz-me especial companhia no quarto, a partir do leitor de cds, numa repetição obsessiva, in loop, num concentrado de loops. Já li a letra toda e continua a ser este o único verso que pronuncio, que me sai da boca e me ocupa os neurónios (que me tem sustentado em momentos de angústia, quando ao definir per se a música me ajuda a definir de forma visceral aquilo que sinto).
Há os acordes iniciais. Há o refrão. Mas é "o mundo gira" no timbre da Kazu Makino que despoleta o essencial da mensagem, o carácter circular da vida, a força telúrica subjacente. Quantas vezes é que o universo ainda vai explodir? Quantas vezes é que a velocidade febril do amor te feriu?
"How many times, as long as you wish..."
Quantas vezes é que te queres assim, como és, a acontecer dessa forma?
"How many times, the world go around?"
As vezes que se quiser, como o ponteiro do relógio, como o começar de uma semana. As vezes que quisermos, as repetições que forem necessárias, os actos de sempre. A procura do mesmo sofrimento na mesma forma de amar, na mesma ideia da vida, na mesma forma em como acordamos. A mesma dor, na lástima, no medo, na vontade contínua de querer evitar-se o sofrimento.
"23 seconds, in you I see a chance"
Há mais coisas. Há corações marcados dentro da voz da cantora, dentro da bateria, dentro da guitarra. Há a perda contínua e crescente que se cristaliza, perfeita, na morte.
Há a mudança.
"23 magic, if you change the name of love"
O sentimento condutor e letárgico em que se transforma a repetição dos dias. Poder-se alcançar a mudança. Mudarmos o nosso nome sem nos desapaixonarmos do mundo ou de nós.
Mudar para amar.
"As long as you live, how many times"
Posso ser eu...
"The world go around?"
* O "Twenty three" dos Blonde Redhead pode ser ouvido aqui.
quarta-feira, novembro 12, 2008
terça-feira, novembro 11, 2008
A esquizofrenia da globalização
Quando se vive um momento icónico, daqueles que definem a contemporaneidade
sábado, novembro 08, 2008
quarta-feira, novembro 05, 2008
A vitória de Obama...
What a great day to live!
segunda-feira, novembro 03, 2008
Before night falls - Antes que anoiteça
Fui objectivar a liberdade onde é mais palpável, quando a proíbem.
Fui em sonhos saber o que é escrever por vingança, gritar por direito, amar por definição.
quinta-feira, outubro 30, 2008
quarta-feira, outubro 29, 2008
505
"But I crumble completely when you cry, It seems like once again you've had to greet me with goodbye, I'm always just about to go and spoil a surprise, Take my hands off of your eyes too soon"
E sinto um turbilhão inexplicável. Um misto de dor e prazer e angústia. E não percebo, mas tenho a certeza da dor nos meus lábios salgados. E volto a carregar "play" para tentar desvendar algo novo dentro de mim.
"I'm going back to 505, If it's a 7 hour flight tour a 45 minute drive, In my imagination you're waiting lying on your side, With your hands between your thighs,"
* Este é para ti, J.
segunda-feira, outubro 27, 2008
Baby steps
domingo, outubro 26, 2008
Quem dera fosse amanhã...
E já só penso em uma vida. Com sons antigos e futuros, que juntos criam momentos e memórias novas. Um imaginário total. E já só penso em tudo isto bem acompanhado. Com outra família, aquela que se escolhe.
sábado, outubro 25, 2008
Outra vez o Beck de "Modern Guilt"...
"I've been drifting on this wave so long
I don't know if it's already crashed on the shore"*
* "Volcano" em "Modern Guilt"
sexta-feira, outubro 24, 2008
Whisper
terça-feira, setembro 23, 2008
Morrem as distracções
Votos à urna num sistema sem anonimato
Caro leitor, acha este blog críptico*?
Responda sim ou não na caixa de comentários, agradece-se uma explicação associada ao voto... :P
Muito obrigado!
*Críptico - figurativo que tem ou que parece ter um sentido oculto ou ambíguo; hermético; misterioso
domingo, setembro 21, 2008
E porque tudo é circular...
Não sei onde vou estar no Inverno, mas antes do Verão acabar...
O fim-de-semana só acaba amanhã, decidi eu, antes de pôr o pé fora de casa. Fora deste post ficaram inúmeras pessoas que tiveram o seu fim-de-semana antes do equinócio e sorte minha por ter chocado com elas.
O Verão ainda não acabou, mesmo que já tenha acabado, mesmo que ainda vá começar, e essa é a beleza do calendário que nunca acaba e que nunca me farta apesar de ser sempre igual.
sábado, setembro 20, 2008
A minha música favorita para Setembro
"When the summer's gone where will we be?"
quarta-feira, setembro 17, 2008
Finally alone...
Se considerar que o mundo se desvaneceu de ídolos (aqueles que estão perto de nós e que os vemos como exemplos perfeitos), respiro a liberdade da solidão nas decisões e na ponderação. Continuo a precisar da ajuda dos outros, mas deixei de ver a salvação neles.
E sabe tão bem a liberdade...
segunda-feira, setembro 15, 2008
"When the kids had killed the man I had to break up the band"
A oferta veio por mail (thanks sb). Achei que o Ziggy era um bom ponto de partida para arrancar com uma nova semana. Aqui no 5 Years temos exigências: pede-se uma loucura por dia, não se aceitam clichés, a semana não pode terminar sem se tornar especial... Ponham a imaginação a trabalhar.
sábado, setembro 13, 2008
A repressão do desejo
quarta-feira, setembro 10, 2008
Sobre o mega acelerador de partículas e a teoria do buraco negro
- Passaste milhares de horas a estudar Física?
- Não!
- Leste centenas de artigos sobre o assunto?
- Não!
- Discutiste com dezenas de outros cientistas?
- Não!
- Então o teu "e se?" não vale rigorosamente nada.
O que me tira do sério é a SIC fazer um desenho 3D "realista" da Terra a ser comida por um buraco negro. Tamanha irresponsabilidade!
segunda-feira, setembro 08, 2008
"Everybody's gotta learn sometime"
Wait. Don't walk. Não te movas, respira por um bocado. Wait, outra vez. Pára o passo, olha só para trás uma vez mais. Por trás de mim, da parede que me impediu de fugir, da casa, do mundo. Change your heart. Desafoga a mente, e talvez o coração, talvez... Espera um segundo, só um. Estaca, por mim. Pela praia de neve e pelo vento no mar...
* Eternal Sunshine of the Spotless Mind
Black Kids - Hurricane Jane in loop
"It's Friday night and I ain't got nobody.
Oh, what's the use of making a bed?
I took something and it feels like karate;
it's kicked me down and left me for dead.
It's Friday night and I ain't got nobody,
so what's the use of pulling a shape?
I put what I want, when I want, in my body.
I'm never gonna give what I take"
sábado, setembro 06, 2008
No seguimento das estações
Respiro o asfalto da cidade, filtrado pelas folhas caídas e absorvo os pormenores: a escada rolante solitária que não se cansa de subir no metro da Avenida, o cinema dark no São Jorge, a azáfama quente da FNAC ou o ribombar sólido do comboio.
Encosto-me na parede molhada e vejo a chuva cair, iluminando a noite ao multiplicar a luz artificial dos candeeiros. Sorrio para mim, a auto-cumplicidade é um sentimento gigante...
Lisboa branca, é cinzenta pelas nuvens, é escura pela noite. Continua maravilhosa agora que o Verão se vai embora e promete sempre dias de sol com tonalidades diferentes no seguimento das estações.
quinta-feira, setembro 04, 2008
"Two fists of solid rock with brains that could explain any feeling"
A voz da Cat Power é de alguém que já viveu coisas muito piores do que nós e só tem oportunidade de resgatar a pureza do mundo e de si própria quando canta.
"Once, I wan ted tobe the grea teeesst.. .. ... ...
terça-feira, setembro 02, 2008
Take Five - Dave Brubeck
Sim, é esse mesmo. O bar na downtown que queres entrar. O que desces as escadas para a cave e entras no mundo de fumo em que as cara das pessoas são a preto-e-branco. Onde se ouvem segredos camuflados na mais bela história de amor que está a ser contada na mesa ao lado, onde estão duas mulheres lindas e um homem com um sorriso condescendente. E de vez em quando há porrada e de vez em quando há gritos, mas na mesa certa tu ouves tudo como a continuação da canção que acabou e que sustém a respiração antes da próxima iniciar. O bar em que o empregado te conhece, mas nunca saberás se o olhar de reconhecimento vem apenas da memória do último dia ou do último ano. O bar que te vê gastar os teus trocos, que te vê sair de lá bêbedo, alegre, triste, com insónias, fodido com o trabalho e com a vida ou simplesmente a inspirar fundo e a gozar a noite antes de mais um dia nascer.
O bar que te conta segredos nas paredes, nos olhos das pessoas que saem da casa de banho, no sorriso do gajo que bebe o último trago de gin. Que te conta a ti, os teus próprios segredos, numa versão defeituosa, enriquecida, encarnada por outros, demoniaca, visceral e que te obriga, todas as noites, a voltar ali.
segunda-feira, setembro 01, 2008
Uma chávena de café em modo especial...
* Os deuses desaparecem, mas a fé mantém-se nos rituais.
quarta-feira, agosto 27, 2008
terça-feira, agosto 26, 2008
Decidi não ser um súbdito do meu passado. Recuso-me a isso. Há sempre novas razões para o sofrimento e para a felicidade, o vento chega-me para a nostalgia...
segunda-feira, agosto 25, 2008
domingo, agosto 24, 2008
A maior parte das vezes chamava-se maria
A doçura negra do desalento.
A memória do último beijo.
Não esperava pelo fim da estação, estava quieta no movimento, soprava o fumo desalinhado do cigarro, criava sombras. Assombrava-se no meio da luz.
sábado, agosto 23, 2008
Eu quero um homem-lagosta
in: Cowboy Mouth - escrito por Sam Shepard e Patti Smith
quarta-feira, agosto 20, 2008
In // Out - My own private Creative II
Andrew Bird - Soldier On
Bon Iver - For Emma, Forever Ago
Bonnie 'Prince' Billie - Lie Down in the Light
Foals - Antidotes
Infadels - Universe in Reverse
M83 - Saturdays = Youth
MGMT - Oracular Spectacular
Santogold - Santogold
The Ting Tings - We Started Nothing
Vampire Weekend - Vampire Weekend
O que fica:
Animal Collective - Water Curses
Beach House - Devotion
Electric President - Sleep Well
Envelopes - Here Comes the Wind
Hercules & Love Affair - Hercules & Love Affair
Lucky Soul - The Great Unwanted
The Blows - Upskirts
The Do - A mouthful
The Hair - Indecisions
These New Puritans - Beat Pyramid
O que entra:
Beck - Modern Guilt
CSS - Donkey
Fleet Foxes - Fleet Foxes
Jeremy Jay - Airwalker
The Kills - Midnight Boom
"I've got to use her every time fascination comes around"*
*"Fascination" - David Bowie
terça-feira, agosto 19, 2008
Duvida de mim, esclarece-me
E não vale a pena pormos a nossa t-shirt mais gira, os óculos escuros mais correctos, o estilo de cabelo certo.
Não vale a pena olharmos as ruas e reconhecermos os sonhos que fabricamos e os reflexos que vemos.
E largarmos sentenças.
E saltarmos para outras cidades.
E fugirmos de nós e tentarmos ser compreendidos.
E fingirmos que nos compreendemos.
E lermos livros.
Nada vale. Sonhar tão pouco, se não acordamos dos nossos pesadelos e fobias e incoerências e absurdos.
Nada vale sonhar se nos tornamos amargos com a realidade.
Olhas para mim com intensidade. Duvida de mim, esclarece-me... não importa a dor.
domingo, agosto 17, 2008
There's something about "Modern Guilt"
Apareceu uma barata. Estava a ouvir in loop a música que dá nome ao álbum.
Estava à espera do bus para ir para casa. Apareceu uma barata. Não é a primeira vez.
"Don't know what I've done but I feel ashamed" - diz o Beck
São sinais de contemporaneidade. Como a série "Californication".
Há no ar sintomas. Baratas. Pensamentos. Uma culpa intrínseca. Sentimos todos, globalmente. Já ninguém pode dizer "eu não sabia". Ouve-se falar. E não interessa. Não temos as mãos entranhadas de feridas verdadeiras, estão limpas e isso só significa que elas estão mesmo, mesmo sujas.
A auto-consciência do Beck é muito mais terrível dos que os horrores dos serial killers do imaginário dos anos 90. Já não estamos no século XX.
"Modern Guilt (...) Don't know what I've done but I fell afraid"
quarta-feira, agosto 13, 2008
segunda-feira, agosto 11, 2008
sábado, agosto 09, 2008
Constatação
quarta-feira, agosto 06, 2008
"When I'm twenty seven shades of blue...
...And my lips are unhappy without you"
Quero segredar. Viajar com esta música, viver o Verão. Contornar esquinas e provar como Lisboa do final de tarde é luminosa e fácil. Que não existe peso, nem a leveza se torna insustentável.
As músicas dos Lucky Soul pedem para ser entranhadas com memórias... :)
segunda-feira, agosto 04, 2008
*Artigo do suplemento de Verão do Ípsilon de sexta-feira passada.
domingo, agosto 03, 2008
sábado, agosto 02, 2008
Os Lucky Soul...
"My lips are unhappy without you".
Ou será quando cantam:
"One kiss don't make a summer"?
Ainda não sei. Vou ouvir mais uma vezes... :)
*Lucky Soul aqui.
terça-feira, julho 29, 2008
sábado, julho 26, 2008
No presente
quarta-feira, julho 23, 2008
segunda-feira, julho 21, 2008
My new wallpaper
You're right J., o "Oxford Comma" é mesmo excelente.
Vou tentar adormecer com a imagem desta melodia espacial e com o som dos vampiros. Mereço sonhos bonitos.
Este post foi patrocinado pelo Astronomy Picture of the Day!
sábado, julho 19, 2008
"And the moon is swimming naked and the summer night is fragrant with a mighty expectation of relief"
Espero que ele dê um grande concerto!
Pedi ao Talisca, que vai viver essa realidade, para me enviar um fresco instantâneo do concerto por telemóvel. (os telemóveis são portais interdimensionais)
Escolhi o "Closing Time", do álbum The Future. Não é a minha música favorita do cantor, mas é uma celebração lúcida sobre a vida e as relações, que me deixa bem-disposto.
terça-feira, julho 15, 2008
segunda-feira, julho 14, 2008
a menos de seis horas de acordar
domingo, julho 13, 2008
Lido hoje no comboio, a caminho de Lisboa
in: "Mountolive", terceiro volume do "Quarteto de Alexandria", Lawrence Durrrell, pág. 71, Ulisseia.
sábado, julho 12, 2008
sexta-feira, junho 27, 2008
A fenda
quinta-feira, junho 19, 2008
Ou se calhar percebemos... mas continuamos a vomitar uma vontade de estar mesmo que isso tenha muito pouco de ser.
Se ela daqui a 10 anos repetir a brincadeira então a conclusão a que chego é que está enamorada por ela própria e aí, definitivamente, não há pachorra... (que volte para Tóquio)
quarta-feira, junho 18, 2008
O que é uma relação?
A lista não está por ordem alfabética ou de importância. É incompleta, confusa, não consensual. Just like life!
segunda-feira, junho 16, 2008
O teu olhar nem o vidro atravessa
Achava-se vazio. Não era a falta do rasgo, nunca o tivera. Era a falta de penetração.
esgotara-se.esgotara-se.esgotara-se.esgotara-se.
Não restava nada.
Não conseguia ter longas conversas. Não conseguia amar.
Esgotara-se.
Só tinha o movimento. Apoiava-se no passo como única forma de respirar.
Perdera a intensidade no right on track que a vida lhe tinha proporcionado.
O que falta para se crescer?
In // Out - My own private Creative
O que sai:
Hot Chip - Made in the dark
Los Campesinos! - Hold on now, Youngster
Nick Cave and the Bad Seeds - Dig!!! Lazarus Dig!!!
Pete and the Pirates - Little Death
Sean Riley and the Slowriders - Farewell
O que fica:
Andrew Bird - Soldier On
Bon Iver - For Emma, Forever Ago
Foals - Antidotes
Hercules & Love Affair - Hercules & Love Affair
Santogold - Santogold
O que entra:
Animal Collective - Water Curses
Beach House - Devotion
Bonnie "Prince" Billy - Lie Down in the Light
Electric President - Sleep Well
Envelopes - Here Comes the Wind
Infadels - Universe in Reverse
Lucky Soul - The Great Unwanted
M83 - Saturdays = Youth
MGMT - Oracular Spectacular
The Blows - Upskirts
The Do - A mouthful
The Hair - Indecisions
The Ting Tings - We Started Nothing
These New Puritans - Beat Pyramid
Vampire Weekend - Vampire Weekend
Os Pontos Negros
As noites únicas
Na próxima sexta ou no próximo sábado à noite vais estar no pool das ausências. Estou conformado com as tuas idas, é o tempo entre as tuas vindas que me afecta.
Até Dezembro! :)
domingo, junho 15, 2008
Bege...
in priberam:
cor intermédia entre o café com leite claro e o creme.
FIGHT AGAINST BEGE!!!
sábado, junho 14, 2008
De madrugada
quinta-feira, junho 12, 2008
No jardim do Museu do Chiado
quarta-feira, junho 11, 2008
"Spring and by Summer Fall"*
"Clashing lies and clashing thighs
Clashing chasing changing minds
Tell me what you've seen tell me where you've gone
Tell me where you've been tell me what you saw"
* Música aqui, e letra aqui.
terça-feira, junho 10, 2008
Um cubo com sentidos
domingo, junho 08, 2008
quinta-feira, maio 22, 2008
Escalas
sábado, maio 10, 2008
sexta-feira, maio 09, 2008
Night tale
À medida que avanço no caminho para casa o tremor abandona-me na mesma proporção que a chuva aumenta. Olho para cima para enfrentar os pingos que batem com mais força. Sustenho a respiração e agarro-me à coragem que não tive e que continua a escapar-me.
Lanço-me inevitável numa corrida desesperada em direcção a casa, desculpo-me com a minha garganta arranhada, não posso ficar doente. Fujo de uma molha, de um autocarro, dos meus sentimentos e questões. Nego-me duplamente e sinto uma angústia bater ao de leve, a afagar-me a face enquanto entro no prédio.
A angústia já se transformou em dor quando abro a porta de casa. Ponho a mala na sala escura e venho para aqui. Ligo o computador, entro no blog e desfaço-me destas memórias enquanto acabo de escrever este post - o terceiro momento de cobardia da noite.
domingo, abril 20, 2008
domingo, abril 06, 2008
quinta-feira, abril 03, 2008
Always the same
"Little boxes on the hillside,
Little boxes made of ticky-tacky,
Little boxes, little boxes,
Little boxes, all the same.
There's a green one and a pink one
And a blue one and a yellow one
And they're all made out of ticky-tacky
And they all look just the same.
And the people in the houses
All go to the university,
And they all get put in boxes,
Little boxes, all the same.
And there's doctors and there's lawyers
And business executives,
And they're all made out of ticky-tacky
And they all look just the same."
No youtube existem mais duas compilações como esta. Estão cheias de caixas e caixinhas que se desmultiplicam em várias cores.
A série, essa sim é diferente...
sexta-feira, março 28, 2008
Caramelado de sono, ainda sinto arestas suficientes no meu corpo para despejar something para aqui. Sempre valorizei os moods, os meus, os dos outros, os das pessoas e os dos locais. Gosto de deixar-me atravessar pelo tempo, sentir as coisas a mudarem. Antecipar-me a essa mudança.
Braços para cima e deixem-se voar...
Uh! Uh!
* The Kills
domingo, março 23, 2008
Serões na província
Dito isto, num espírito queiroziano assumidamente inspirado no romance "A cidade e as serras" (mas sem defender aquele final, que apesar de delicioso, é demasiado moralista para mim), fazia-me falta um fim-de-semana prolongado no campo. Algo primaveril, mas ainda com os últimos rasgos de um Inverno idealizado. Sentido nas manhãs mais frias, nas chuvas mais gélidas, nos ventos mais cortantes.
De resto, dias simples: montanhas a perder de vista, horários pouco extravagantes, o sossego na falta da tecnologia, algo para ler, passeios prolongados, refeições tradicionais, finais de tarde bucólicos, princípios de noite ao som de jogatanas.
E,
a ausência de olhares. Excepto dos que estão carregados de afecto, dos que nos conhecem, dos que são seguros.
sábado, março 22, 2008
6 degrees*
I smiled at you You smiled at me"
And i'm on my way
* As redes sociais são um coisa maravilhosa...
terça-feira, março 18, 2008
O leitor pode escolher ficar para sempre, ali.
Hoje é essa frase que me ribomba na mente. É esse o grito. É a sensação desse grito enquanto grito.
"Vocês são os melhores amigos do mundo!"
sábado, março 15, 2008
Another night
Nunca esperei ver no Incógnito fazer-se um comboio de pessoas. Enfim, dar um desconto aos turistas, que podem baixar a guarda para serem o que são e o que não são... Mas os discos voadores conseguiram, algum tempo depois, fazer-me esquecer tudo isso. O Galopim passou a música dos The Kills que eu citei dois posts abaixo. Foi o momento catártico da noite, e mais uma pedrinha para o saco da minha crença na simetria das coisas...
Depois, por cima, por baixo, ao lado, e mais importante de tudo - por dentro, os amigos. Aqueles que trazem a áurea às minha noites.
Now it's time for bed...
quinta-feira, março 13, 2008
"You got a ghost in your head"
quarta-feira, março 12, 2008
Finalmente aos beijos, pelo esforço de se tornarem únicos. Não vá uma palavra errada, um choro melancólico, uma volta da vida fazer-nos lembrar que foram os últimos.
quarta-feira, março 05, 2008
Hoje,
segunda-feira, março 03, 2008
*Este blog está a tornar-se num bunker de quotes e eu estou cada vez mais empolgado com o concerto dos The National. Excerto da letra de Apartment Story.
domingo, março 02, 2008
"Hot cold season gonna sink in my sweat"*
* Yeah Yeah Yeahs, excerto da música Dudley, letra aqui.
Apocalipse doméstico
sexta-feira, fevereiro 29, 2008
"keep it simple" - it's a quote
something.
algo.
vou publicar o post. fazer um café. bebê-lo. e vou manter as coisas simples. amanhã almoço convosco, e neste momento isso é tudo o que interessa.
kiss kiss
quinta-feira, fevereiro 28, 2008
quarta-feira, fevereiro 27, 2008
De vez.
segunda-feira, fevereiro 25, 2008
"Maybe we can eventually make language a complete impediment to understanding."
domingo, fevereiro 24, 2008
Azul/Castanho
Contudo, ele que olhava, questionava aquela fronteira que as cores definiam. Será que mais uma vez não seria a incapacidade humana de apreender a gradualidade das coisas, responsável por aquela percepção? Agora na sua vertente fisiológica, óptica?
Focava a fronteira, olhava para o azul e para o castanho distantes, esforçava-se para encontrar uma zona de mistura, um padrão intermédio. Não admitia ser vítima do seu cérebro primário, que até naquela situação, continuava a envolver a realidade num sistema binário que tudo simplificava, e que destruía a hipótese de se ser verdadeiramente livre...
sábado, fevereiro 23, 2008
sexta-feira, fevereiro 22, 2008
"The rainbow of her reasons"
Dois exemplos:
- Durante a segunda temporada a Brenda tem dois comportamentos paralelos que são a antítese um do outro. Por um lado vai alimentando e fazendo o papel de namorada do Nate, faz a festa de noivado, encaixa da melhor forma possível a notícia de que o Nate vai ter um filho de outra. Todo o comportamento normal, socialmente aceite e correcto de uma pessoa madura. Ao mesmo tempo, vai tendo relações casuais com outros homens a título de experiência quase científica, mas que põem em causa o relacionamento com o Nate e são um reflexo inconsciente da sua incapacidade e medo de assumir uma relação para a vida. No final da temporada a situação explode, numa discussão brutal entre os dois.
- Outro exemplo é o caso do David em que num episódio da quarta temporada é raptado e passa por uma experiência traumática que o deixa literalmente às portas da morte. Essa experiência tem um impacto directo durante o resto da temporada, mas vai sendo tratada e posta de lado. No entanto, depois da morte do irmão, já no final da quinta temporada, o problema reacende-se e o David volta a ter pesadelos com o seu agressor até se aperceber que o que está em jogo é a incapacidade de aceitar a sua morte, que ficou mais próxima depois do que aconteceu ao irmão.
Durante as cinco temporadas dos Sete Palmos, podemos verificar este comportamento em harmónica de todas as personagens. Em que os acontecimentos parecem ser encaixados por cada um, mas que mais tarde revelam-se nos momentos menos óbvios em acções que vão custar caro e que para serem realmente superadas exigem tempo e um esforço épico.
É precisamente este mecanismo que torna as personagens complexas e faz com que a série seja tão boa. Porque a forma como os defeitos e a personalidade de cada um são trabalhados está muito perto da realidade. As nossas acções e comportamentos, os nossos vícios, todos os pequenos detalhes que nos constroem são fruto de centenas de acontecimentos que muitas vezes não nos apercebemos nem questionamos e que se reflectem em ciclos comportamentais, em falhas, em momentos e acções que não conseguimos explicar. O título deste post remete para esta ideia. “The rainbow of her reasons” dá o nome a um dos episódios mais bonitos da última temporada e é uma imagem mental clarificadora do que escrevi acima. A razão da razão é vasta e cobre-nos. É por isso que se leva uma vida inteira a tentar compreender os outros e a nós próprios.
quarta-feira, fevereiro 20, 2008
Exorcismo
A esses, nem um segundo do meu olhar. Nem a parecença do meu afecto.
segunda-feira, fevereiro 18, 2008
"Mistaken for strangers" - The National
surprise, surprise they wouldn’t wannna watch
another uninnocent, elegant fall into the unmagnificent lives of adults"
Oiço esta música há meses, mas só há poucos dias resolvi olhar com atenção para a letra. Fica aqui este excerto. Um apontamento brilhante do peso nostálgico que carregamos, nos dias em que somos a maior das nossas desilusões. Nos dias em que queremos passar despercebidos.
A letra integral aqui. A música no myspace da banda.
Noites e Tribos
Nas noites em que me sinto mais contemplativo, nas quebras das músicas, sucede ter que fazer um esforço para me situar. Tento desviar-me dos olhos que me rodeiam e perceber o sentido das minhas acções, a razão porque estou ali e não no sossego da minha casa. É fácil perdermo-nos nas acções dos outros, é fácil encetarmos modos de estar que são a continuação dos outros. Corremos o risco de sermos o eco das pessoas que estão à nossa volta, cujo eco nem sequer é original... E há algum mal nisto? Nenhum, até as noites parecerem todas iguais.
Mas existe um conforto neste reconhecimento de caras em constante crescimento. Um conforto social de sermos admitidos, de pertencermos e estarmos assegurados a uma certa tribo. Não sei qual é o meu papel nessa tribo. Tento criar um papel à minha medida e ainda não sei o que me interessa, onde me situo e como é que me devo comportar... Work in progress, I guess.
sábado, fevereiro 16, 2008
sexta-feira, fevereiro 15, 2008
Enki Bilal no Público
mais à frente
"-Incomodo-a?...
-Chega em má hora... Estou prestes a perder o meu pai...
-Lamento... Gravemente doente?...
-Não, gravemente feliz."*
O Público tem vindo a publicar semanalmente obras de banda desenhada de vários autores consagrados. Esta quarta-feira foi a vez de Enki Bilal. O livro juntou duas histórias diferentes. A primeira, "A Feira dos Imortais", é o primeiro tomo da trilogia Nikopol, editada durante os anos 80 e inícios de 90. A segunda é mais recente, finais dos anos 90, chama-se "O Sono do Monstro", é o primeiro tomo de quatro que conta a história de três órfãos de Sarajevo. Ambas as histórias acontecem na Terra, num futuro próximo.
O imaginário de Bilal é indissociável dos seus desenhos belos, expressivos, em que a cor é tão importante como o traço e que no todo conseguem sozinhos transmitir ao leitor o ambiente das histórias, que são sempre de um pessimismo brutal quanto ao futuro da civilização mas que vão sendo contadas com um apelo poético irresistível... A edição é boa e barata. Para quem não conhece o autor é uma óptima iniciação.
Página oficial de Bilal aqui.
*Excertos da obra de Enki Bilal - "O Sono do Monstro".
Pássaros
Fico a ouvi-los em sossego, um ruído íntimo a dois metros de distância, com um telhado pelo meio que separa olhares, milhões de anos de divergência evolutiva e muito mais... Tenho sempre a tentação de saltar da cama, abrir a clarabóia e olhá-los de perto. Nunca o fiz, sobrepõe-se a vontade de deixar a natureza estar.
quinta-feira, fevereiro 14, 2008
Auto-indulgência
Corro o sério risco de me tornar um cínico.
Tomar banho. Pôr-me a milhas.
"Inebriation leads revelation"
terça-feira, fevereiro 12, 2008
segunda-feira, fevereiro 11, 2008
Tudo isto está mais ou menos preso por um fio
*In, "O mesmo mar" de Amos Oz, pág.195, edições Asa.
"Heaven knows, it's got to be this time"*
Lembrei-me da Marie Antoinette da Kirsten Dunst a correr em direcção ao seu primeiro nascer do sol dos 18 anos. Da alegria e vontade em descer as escadas, em cair na relva. Do grito "So beautiful!" dito aos primeiros raios do sol.
De devermos momentos desses a nós próprios (com direito a frases feitas repetidas até ao infinito).
"Oh, I'll break them down, no mercy shown,
Heaven knows, it's got to be this time
Avenues all lined with trees,
Picture me and then you start watching,
Watching forever."*
E depois há um outro correr, muito mais carregado (mas não menos cinematográfico). Um correr em direcção à escuridão, vezes sem conta...
*Excerto da letra "Ceremony" dos New Order.
domingo, fevereiro 10, 2008
"Don't test the moment when you break the sun"*
Explicação da fotografia aqui.
Este post é patrocinado pelo Astronomy Picture of the Day!
*Excerto da letra "The Bomb" dos New Young Pony Club.